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A realidade brasileira

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GERHARD ERICH BOEHME*

corrupto

O bolivarianismo, corporativismo, socialismo, trabalhismo, nacional-socialismo, positivismo, incluindo o “republicanismo” e mesmo as ditaduras, incluindo a dos militares alagoanos e o mais longo período em estado de sítio, a do ditador Getúlio Vargas e a dos militares, assim como a do proletariado que alguns desejam nos impor, ou uma mistura deles como temos no Brasil, são ideologias oportunas para o tipo de político que temos, salvo raras exceções. A realidade é que todas estas ideologias, exceto o liberalismo e quando muito o liberalismo-social ou o liberalismo-conservador, exigem o excesso de intervencionismo, o qual faz aumentar o tamanho do Estado e assim poder acomodar a sociedade do privilégio.

Muito embora os atuais políticos queiram nos fazer acreditar, invocando tais ideologias ou formas de se fazer política, no Brasil nunca tivemos luta de classes de verdade ou uma luta étnica; a tensão social sempre foi entre o Estado, ou seus donos, e a Sociedade, especialmente os brasileiros desprovidos de privilégio.

A nossa Constituição é o melhor exemplo dessa sociedade de privilégios, cheia de direitos, mas vazia em obrigações, exceto as dos contribuintes.

E não serão com poucos privilégios; como a questão de cotas nas universidades, empresas ou nas tribunas que iremos fazer a diferença.

Não descarto que a questão das cotas tenha um impacto positivo, seguramente, mas também tem um impacto negativo muito grande, é e está sendo mais um motivo para nos desviarmos do compromisso com a educação fundamental, para que ela seja o grande diferencial na vida de todos os brasileiros.

Lula e sua terceirizada, Dilma, souberam e sabem explorar isso muito bem, tanto que o principal aliado político foi o dono do Brasil, o Sr. José Ribamar Ferreira de Araújo Costa, e foi no (des)governo dele que esta questão da sociedade do privilégio ficou muito bem caracterizada, isso até a esquerda começar a se articular com sua base afilhada, isso mesmo, afilhada, e com o Foro San Pablo.

Os primeiros anos depois do regime militar, onde se tinha austeridade, mas infelizmente uma gestão top-down e excessivamente intervencionista, produziram a hiperinflação porque a dinâmica política foi a de “incorporar” todo mundo que aparecesse, todos os que quisessem poderiam ter sua Emenda no Orçamento, sua “Conquista” consagrada na Constituição, seu programinha de apoio no contexto da “Política Industrial”, todo o país passou a ser “estratégico” e, por força do Princípio da Isonomia, todos passaram a merecer o direito a algum pequeno Cartório pelo menos igual ao do vizinho. Todos se tornaram Credores do Estado, e, portanto, cobradores implacáveis da Dívida Social.

Assim temos hoje o que move a nossa política, o clientelismo político, com seu capitalismo de comparsas, longe da liberdade de mercado, e com seu socialismo movido pela oclocracia, sem compromisso com bens e serviços públicos.

O cobertor é curto demais. 

Ocorre, porém, que o cobertor é curto demais, assim temos o endividamento crescente penalizando as futuras gerações, a excessiva carga tributária que escraviza o contribuinte e alimenta parasitas; o imposto inflacionário que alimenta grandes grupos com suas desonerações seletivas, mas que financiam campanhas e o que é pior, a venda do Brasil através de commodities, de produtos sem valor agregado, desconsiderando que são eles que de fato geram emprego, riqueza e renda e evitam a concentração econômica, mas que não se sustenta, pois desconsideram a ética capitalista, fundamental para uma nação se desenvolver.
Dilma e Lula, com sua base afilhada, não se dão conta que o Estado não é criador de riqueza, apenas um veículo de transferência, o modelo rapidamente está se revelando novamente impraticável. O nobre propósito de “incluir os excluídos”, uma massa que a todo instante aumenta no Brasil, com justificativas das mais variáveis, incluindo também os que querem andar de graça nos ônibus municipais, está se corrompendo pelo fato de que uma sociedade que se viu livre do imposto inflacionário, o mais cruel dos impostos, que penaliza os mais pobres e miseráveis, esta perdendo a sua principal conquista, a da previsibilidade econômica.

Infelizmente se faz necessário que todo brasileiro entenda a importância do uso dos indicadores de liberdade, para que ele então possa entender uma relação simples, a da causa e do efeito, e entenda que os demais indicadores econômicos e sociais são efeito e que a educação fundamental e o uso dos indicadores de liberdade encontram-se nas causas para o desenvolvimento de uma nação.

“Mas doutor, uma esmola, pra um homem que é são, ou lhe mata de vergonha, ou vicia o cidadão…” (“Vozes da seca”, de Luiz Gonzaga do Nascimento – Gonzagão – e José de Souza Dantas Filho – http://www.luizluagonzaga.com.br/)

É impossível levar o pobre à prosperidade através de legislações que punem os ricos pela prosperidade. Para cada pessoa que recebe sem trabalhar, outra pessoa deve trabalhar sem receber. O governo não pode dar para alguém aquilo que não tira de alguém. Quando metade da população entende a ideia de que não precisa trabalhar, pois a outra metade da população irá sustentá-la, e quando esta outra metade entende que não vale mais a pena trabalhar para sustentar a primeira metade, então chegamos ao começo do fim de uma nação. É impossível multiplicar riqueza dividindo-a”. (Pastor Adrian Pierce Rogers 12 de setembro de 1931 – 15 de novembro de 2005

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