Quem combate as privatizações
A eventual privatização de empresas e serviços governamentais encontra sempre uma barulhenta oposição de alguns grupelhos que defendem a manutenção de tais atividades em mãos do Estado. Desde o início do processo, na década de 1990, os inimigos da desestatização são em essência os mesmos, apenas sucedidos, naturalmente, por novas gerações de herdeiros de cada forma de pensar e agir. É fundamental identificá-los, e eles se alinham em três vertentes principais.
A primeira é a falange ideológica, constituída por fósseis da política, saudosos da União Soviética e sua economia mastodôntica, centralizada e ineficiente, mas dominada pelo Estado. Encontra-se, sobretudo, em setores radicais incrustados na academia e em diversos partidos de esquerda, do mais expressivo, o PT, aos nanicos como PSTU, PSOL, et caterva.
A segunda legião é formada pelos beneficiários do corporativismo, que temem a perda de privilégios e detestam competição em suas respectivas searas. É comandada, principalmente, por sindicalistas ou dirigentes de entidades representativas dos funcionários das empresas estatais, que os seguem como vacas de presépio, repetindo slogans surrados e cansativos.
O terceiro time é o mais insidioso. É a equipe fisiológica, que se aproveita de conchavos e combinações políticas para mamar na teta estatal, a pretexto de nutrir suas campanhas eleitorais, mero eufemismo para um deslavado enriquecimento pessoal. Surgiu escancarada na recente delação premiada do diretor da Petrobrás.
A unir os três tipos de interesses apenas um discurso vazio e balofo, eivado de idiotices e baboseiras fatigantes, como o “Petróleo é Nosso”, defesa dos interesses nacionais e outras cretinices do gênero.
Esquecem-se do princípio estabelecido por Von Mises: “O ser humano só se move por duas razões, para aumentar sua satisfação ou reduzir seu desconforto”. Sejam tais argumentos intelectuais ou materiais. É, justamente, o que fazem os inimigos das privatizações. Procuram aumentar sua satisfação ou reduzir seu desconforto. Agem com o mesmo egoísmo, diagnosticado pelo economista da escola austríaca, abandonando os interesses do povo, que alegam defender.
Adorei Ney, concordo plenamente!
Excelente artigo.
Paula.
Brilhantee
O que vai acontecer agora que se provou que nem o petróleo não é e nunca foi nosso, imbecilidade que catalisa toda a boçalidade que o PT explora, a mentira impune passou a ser “mentez mentez, il en restera toujours quelque chose”. Nem Goebbles faria melhor. Desculpe a citação em francês, a canalha não merece. Não devia estar tão puto. Grande abraço do teu amigo.
Muito bem empregada a frase de Von Mises
Otimo artigo
JL