Qual o problema das Mulheres com o Liberalismo?
Gabriela Bratz Lamb*
Se você acompanhou as entrevistas realizadas pelas Misetes (grupo de mulheres adeptas do economista austríaco Ludwig von Mises) – postadas na página do grupo no Facebook, nas últimas semanas – você deve ter reparado que as perguntas para todos os nossos entrevistados foram praticamente as mesmas: “Como aumentar a parcela de mulheres no liberalismo?” e “Por que as mulheres não aderiram ainda?”.
Como a intenção do grupo não é formar apenas conteúdo puramente teórico e pesado, mas ser atrativa para a leitura fácil e para a boa comunicação com leitoras – e leitores, claro – nossos entrevistados sentiram-se confortáveis em falar sério e também levar para o lado da brincadeira as nossas perguntas.
Andrew Schiff, ao final da entrevista, respondeu, de forma descontraída, que para atrair meninas, nós deveríamos captar meninos bonitos, renovar nosso “estoque” – fazendo menção aos meninos que estavam à nossa volta na hora da entrevista. Nosso entrevistado, entretanto, não deixou de mencionar que ainda existe em muitas mulheres aquela sentimento de que algo (Estado) ou alguém deve cuidá-las, nutri-las e protegê-las. Obviamente não vamos generalizar, caso contrário não haveria mulher alguma nos movimentos femininos e liberais.
Agora, quanto à questão de cuidado e proteção pelo Estado: queremos igualdade e cuidados, mas… Que igualdade é essa com privilégios?
Saia do pressuposto: mulheres ganham quatro meses de licença maternidade, homens recebem cinco dias de licença paternidade.
Aplique no caso concreto: estou abrindo uma empresa, fiz meu plano de negócios e estipulei APENAS “X” para investir em um funcionário. Digamos que a vaga que estou criando seja perfeita para qualquer um dos sexos, não haveria qualquer diferença em colocar um rapaz ou uma moça para a execução daquele trabalho. Na entrevista, me deparo com um rapaz e uma moça com a mesma idade, 25 anos, e mesma capacidade intelectual. Ambos já têm uma relação estável. Ambos pretendem ter filhos. Qual você contrata?
Porque o Estado impõe conceder quatro meses de licença maternidade para essa jovem caso venha a ter filhos, pagando-lhe salário (valor esse deduzido depois no INSS), obrigando-me a contratar e treinar outra pessoa para ocupar o seu lugar, é óbvio que em uma escolha pragmática o novo empreendedor optará pelo rapaz, que lhe trará mais segurança e menos custos em seu novo empreendimento.
A segurança da licença e salário maternidade que as mulheres acham ser uma conquista, acaba por se tornar uma desvantagem, visto que a chance de contratação será menor, e havendo, poderá refletir em um salário desigual.
Digamos que, mesmo depois desse argumento, você ainda concorde com esse fardo: vai ser mais difícil conseguir um trabalho e pode haver uma diferença salarial entre homens e mulheres, mas vou ter a licença maternidade depois. Você pode concordar com essa condição. Lembre-se, porém, que muitas mulheres hoje não querem ter filhos e são “prejudicadas” nesse cálculo. Elas não serão mais caras para a empresa, não lhes foi perguntado se querem filhos, mas estão em idade fértil. A empresa sairá do pressuposto da possibilidade de ficarem afastadas quatro meses e assim serão preteridas, ainda que não tivessem aceitado essas mesmas condições das que querem ter filhos.
Se quisermos igualdade, não vejo como é possível pedirmos por tratamento diferenciado. Somos diferentes, porém no mercado de trabalho devemos ser vistas pela nossa produtividade. Enquanto houver tratamento diferenciado imposto pelo Estado, teremos tratamento diferenciado na iniciativa privada.
Lição do dia: necessário lembrar que por trás de uma política de inclusão pode haver um “o que não se vê”.
*Graduanda de Direito e Especialista do Instituto Liberal
Quanto a licença maternidade, de fato reside uma desvantagem, mas EU queria ter esse mesmo prazo, mesmo que fosse prejudicial para minha carreira, quem é pai, seja de primeira viagem ou não, e em especial eu, sabendo que só tenho essa vida, urge-se a vontade de se estar ao lado da cria o maximo de tempo possivel ( em especial na fase bebe, e criança até uns 8 anos, depois viram uma praga, ai a gente trabalha mais ainda pra ficar longe de casa hahahahhahaha)
e tem questão de amamentação também, hoje me dia é um terrorismo pra alimentação no peito e não usar o NAN, mas enfim, fora essa questão em especifico da maternidade, eu concordo, a senhora rand está absolutamente certa, o que as feministas buscam hoje, não é igualdade, é privilegios…
Se você estiver disposto a receber um salário menor para ter esse benefício e colocar isso em seu contrato com a empresa, sem querer obrigar aqueles que não estão dispostos a abrir mão de um salário maior e/ou não querem tal benefício, então concordo contigo.
Ah, quando vem com essa histórias de “e a participação das mulheres”, pode apostar que é feminista. E como sabemos bem, o feminismo é o braço direito do socialismo, muito mais que qualquer outro movimento social. É só prestar atenção no que está acontecendo no Brasil e no mundo, prestar atenção que pessoas elas estão apoiando e se aliando.
Esse tipo de ideia não combina com o liberalismo, afinal a liberdade reside na escolha. E se a mulher quiser ser dona de casa e cuidar de 6 filhos?
-“Como aumentar a parcela de mulheres no liberalismo?” e “Por que as mulheres não aderiram ainda?”- Pra mim isso parece socialistas querendo minar o liberalismo.