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Por que coletivizar se podemos individualizar?

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Coletivizar, pela própria palavra, quer dizer tornar-se coletivo, remonta ao bem comum, às necessidades da sociedade acima das necessidades do indivíduo. Tal visão sustenta a ideia de que a sociedade é uma entidade que vive sua própria vida, independente e separada da vida de diversos indivíduos, agindo por conta própria e visando a seus próprios fins, que são diferentes dos pretendidos pelos sujeitos.

Por outro lado, o desenvolvimento da sociedade depende dos indivíduos que, por egoísmo racional, decidem construir algo por motivos próprios e acabam por impactar a sociedade de forma positiva. Isso contribui para o ambiente de negócios que, por sua vez, beneficia o indivíduo, gerando um ciclo virtuoso.

Assim sendo, é evidente que pode surgir um antagonismo entre os objetivos da sociedade e os objetivos individuais. As doutrinas coletivistas impõem ao individuo que ele controle seu egoísmo e o obrigam a sacrificar seus desígnios pessoais em benefício da sociedade. Chegando a essa conclusão, as doutrinas abandonam de forma forçosa o raciocínio lógico para adotar uma profissão de fé teológica ou metafísica, tirando o indivíduo, portanto, de sua racionalidade.

Quando confrontados os dois conceitos, a resposta está no próprio conceito de Estado ou sociedade conforme entende o coletivismo. Ao se postular a existência de uma entidade que, por definição, é mais elevada, mais nobre e melhor do que os indivíduos, não pode haver qualquer dúvida de que os objetivos dela devem se sobrepor a outros.

Outro ponto que é colocado nesse cenário é que, se o Estado é uma entidade dotada de boa vontade que existe para beneficiar o indivíduo, de boas intenções e de todas as outras qualidades que lhe são atribuídas pela doutrina coletivista, então, em tese, seria simplesmente um absurdo confrontar as aspirações triviais do pobre indivíduo com os majestosos desígnios do Estado. Toda essa discussão perpassa pela hostilidade às instituições políticas fundamentais do liberalismo e tudo que envolve os ideais de liberdade.

Quando falamos de modus operandi e as consequências do coletivismo, o resultado é a desintegração social e a luta armada permanente. Apesar de prometer a paz e a derrota de outras ideologias, para que o plano coletivista seja possível é necessária uma mudança radical no espírito humano, dividida em dois grupos: de um lado os políticos e de outro a massa alienada que será manipulada pelos políticos e não terá direito a ter vontade própria.

Nesse cenário, o liberalismo visa a estabelecer um arranjo político que assegure o funcionamento pacífico da cooperação social e a intensificação progressiva das relações sociais mútuas, evitando conflitos, guerras e revoluções.

Por fim, um espaço em que o indivíduo é o protagonista e as relações se baseiam em seu desempenho cria um ambiente melhor para o desenvolvimento de negócios e um lugar melhor para se viver quando defendemos o individualismo que, em sua forma íntegra, gera a divisão do trabalho, a cooperação social e a intensificação progressiva dos vínculos sociais.

*Bharbara Pretti é Associada do Instituto Líderes do Amanhã e sócia da Pretti Cargas.

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