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Por que as caixas ideológicas criam limitantes de pensamento?

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Recentemente, em um artigo da InfoMoney, escrito por Felippe Hermes, me deparei com a história sobre como a esquerda neozelandesa ajudou o país a dar uma guinada rumo à responsabilidade em seu país.

O artigo, apenas pelo título, causou um furor no meu meio. Os liberais entraram em choque ao considerar isto como um louvor à esquerda e acharam um absurdo como a esquerda poderia ter um governo de sucesso. Já no Twitter, o pobre Felippe teve de lidar com esquerdistas tendo faniquitos acusando as políticas responsáveis de abertura de mercado do partido trabalhista da Nova Zelândia de seguir “políticas de direita”.

Mas o que seriam as “políticas de direita”? Responsabilidade fiscal e livre mercado? Então seria a ditadura militar de esquerda? Seria o primeiro mandato de Lula uma ode à direita? Porque pensamos tanto na caixa dualista?

No artigo você entenderá o que foi feito na pequena nação insular, como a criação das metas de inflação, fundamentais para as políticas econômicas brasileiras dos anos 2000.

Direita e esquerda se tornaram limitantes de pensamentos e até mesmo de aceitação de boas políticas por parte dos eleitores, das pessoas comuns e até mesmo dos governantes. Afinal, não poderia arriscar realizar uma política com bom resultado, pois teria origem no outro lado do espectro, quase na mesma lógica com a qual Bolsonaro muda sequencialmente o nome dos programas sociais dados pelo PT e o PT fez o mesmo com programas da era FHC e por aí vai.

O resultado é nada mais que a prevalência da demagogia como forma de governar, fazendo o cidadão pagar o pato de uma recusa por birra ideológica do governo de aplicar algo. Vide que enquanto a esquerda neozelandesa aboliu subsídios, criou metas de inflação e estimulou a produtividade, a nossa se apoiou no clientelismo, no paternalismo e na criação de currais eleitorais e ainda diz que não fez nada de errado e que, se voltar ao poder, irá ser ainda mais praticante de todos os vícios políticos.

Nos EUA, os democratas, que são propagados no Brasil como esquerda, tiveram mais superávits orçamentários na história que os republicanos, ditos de direita. E perceba que nem precisa ser de raiz marxista para ser chamado de esquerda, os EUA nunca tiveram partidos marxistas relevantes.

Angela Merkel, líder da CDU, um partido de centro-direita, por seu governo aliado ao SPD, partido socialdemocrata, bastou tomar medidas mais sociais para ser enquadrada na caixa de esquerda (mesmo a CDU sendo um dos partidos mais à direita na Europa). As caixas ideológicas criam limitantes de pensamento terríveis.

Cria coisas como bolsonaristas chamando liberais de esquerda e petistas chamando liberais de bolsominions de sapatênis.

O fim das designações de esquerda e direita trata-se de acabar com o limite de pensamento generalista, o fim da prática de colocar liberais e reacionários e sociais-democratas e comunistas como se fossem parte de um único pensamento que entra em acordo constantemente.

Fonte: https://www.infomoney.com.br/colunistas/felippe-hermes/como-a-esquerda-ajudou-a-tornar-a-nova-zelandia-uma-das-economias-mais-livres-do-mundo/

*Artigo publicado originalmente na página Liberalismo Brazuca no Facebook. 

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