Político não tem direito a nada
Série Comentário do Dia
Um salário superior a R$26 mil, passagens aéreas abundantes para si, seus familiares, namoradas(os) e amigas(os), férias superiores à das demais categorias, direito a moradia ou diárias de hotel, imunidade (ou impunidade?) parlamentar para quaisquer crimes, direito a empregar até R$35 mil/mês para amigos e parentes de segundo grau, direito a emendas orçamentárias sem qualquer importância, enfim, como diz o futuro Ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, os deputados não podem nada.
É curioso o conceito do atual Ministro do Planejamento em relação à imprensa e aos cidadãos comuns, depois da declaração de Lulla de que Dilma Rousseff deve dar total prioridade ao estabelecimento de marco regulatório para os meios de comunicação e programas para a juventude. Lulla não apenas compôs o ministério de Dilma como quer, igualmente, pautar suas prioridades. E, desafiadoramente, pergunta: “Quero ver quem vai afinar, hein?”
Paulo Bernardo, agradecido e agraciado pela indicação do chefe, já partiu em sua defesa corporativista de um segmento da sociedade absurdamente beneficiado pelos privilégios citados bem como outros que cidadãos comuns pagam para ter tais como seguro integral de saúde para toda a família e ainda aposentadoria depois de quatro mandatos (16 anos de trabalho). Este é, no entender de Paulo Bernardo, um cidadão que não tem direito a NADA.
Imagine-se o que pode vir a acontecer se a imprensa for “controlada pela sociedade”, eufemismo para censura…
*PRESIDENTE DO INSTITUTO LIBERAL
Fonte da imagem: Wikipédia
Prêmio DSJ: “Liberdade de informação: o papel da mídia”
Fique de olho!
- Lula cobra aprovação de lei para regular mídia [ESP, 1ª p.; Estadão.com.br / Notícias / Política, 21.12.2010]
- Votação pela Câmara da proposta sobre diploma de jornalismo fica para 2011 [Folha.com / Poder / 21.12.2010]