Desde o ano passado, tenho me deparado com uma sucessão de mitos relacionadas a Luís Inácio Lula da Silva. Alguns fatos sustentam o suposto passado glorioso, como a redução da pobreza pelo Bolsa Família, mas também há absurdos sem base, como a ideia de que os pobres poderiam viajar de avião, ignorando o apagão aéreo de 2007.

Uma lenda que me impressiona e provoca risos é a ideia de que Lula era um mestre da política, tanto interna quanto externa, sendo amado por líderes internacionais. Porém, isso é apenas uma narrativa impulsionada pela falta de informação da época.

Na década de 2000, abrir o celular e encontrar informações em poucos cliques era bem complicado com celulares básicos, internet discada e TV como principal meio de comunicação. Naquela época, o PT controlava a narrativa e a mensagem que desejava transmitir.

Porém, essa ilusão foi desmascarada, especialmente agora que o governo repete erros do passado e enfrenta o descontrole da situação devido à Internet. As absurdas declarações de Lula em 2003, na Namíbia, ou em 2010, sobre as mulheres, não diferem muito das falas atuais sobre a pandemia ou sobre o ex-juiz Moro. Lula continua sendo o mesmo, agora sem controle sobre a narrativa.

No cenário internacional, os recortes mostravam um Lula bem-sucedido, porém, recentes ações geraram preocupação e colocaram o Brasil em risco, sendo visto como aliado de Putin enquanto falava em “articular pela paz” e criando a narrativa de que Lula ganharia o Nobel da Paz. A imagem de neutralidade do país está se esfacelando, sendo cada vez mais associada às ditaduras.

Esses mitos estão sendo desmontados à medida que a internet se expande, o que pode explicar o interesse em censurá-la. Lula já não encanta como antes, e sua imagem está abalada, basta lembrar do Mensalão e das recentes ações desastrosas que minam sua reputação e a do Brasil.