Resenha: 12 regras para a vida: um antídoto para o caos

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Jordan Peterson é psicólogo clínico e professor da Universidade de Toronto e é considerado um dos pensadores mais populares, dado o sucesso em ajudar seus clientes como profissional da saúde, seus alunos como professor e milhões de espectadores e telespectadores com suas palestras e vídeos.

A ideia por trás da obra surgiu a partir de um hobby do autor em responder perguntas anônimas em um site chamado “Quora”. Peterson viu que suas respostas tinham grande reverberação entre os visitantes do site e começou a compilar, simplificar e enxugar suas respostas até se tornarem as 12 regras que compõem o livro.

Assim, cada uma das regras escolhidas para compor a obra é tratada em um capítulo específico, que será brevemente abordado abaixo, e seu conjunto aponta para como é possível ter uma vida melhor a partir da responsabilidade e do amadurecimento, pilares muito ligados aos valores e à visão do Instituto.

A primeira regra é “costas eretas, ombros para trás” e retrata como nossa postura está ligada à nossa produção hormonal e a importância dessas duas coisas na forma como somos vistos e nos relacionamos com os outros.

Já a segunda regra é “cuide de si mesmo como cuidaria de alguém sob sua responsabilidade”. O autor promove a reflexão sobre como nos esforçamos muito mais para cuidar de quem amamos do que nos esforçamos para cuidar de nós mesmos e traz diversas provas sobre como isso é um comportamento recorrente e perigoso.

A próxima regra é “seja amigo de pessoas que queiram o melhor para você” e a ideia é basicamente de que devemos manter ao nosso redor as verdadeiras amizades e também nos afastarmos das amizades ruins, e até mesmo de parentes, se for o caso.

“Compare a si mesmo com quem você foi ontem, não com quem outra pessoa é hoje” é a quarta regra. Nela, Peterson deixa claro como comparar-se com outras pessoas é a receita certa para a frustração, principalmente porque só vemos o melhor na vida dos outros. Assim, ele sugere que nossa competição seja interna, sempre medida por uma avaliação de quem éramos antes versus quem somos agora.

A quinta regra é “não deixe que seus filhos façam algo que faça você deixar de gostar deles” e nela o autor sugere que devemos cuidar para que nossos filhos se desenvolvam corretamente, sem que sejam envolvidos pelas ideologias modernas, seguindo sempre aquilo que os pais acreditam ser correto.

Por sua vez, a sexta regra é “deixe sua casa em perfeita ordem antes de criticar o mundo”. O recado é simples: ainda que vejamos coisas com as quais não concordamos no mundo e nos outros, devemos pensar bastante antes de promover uma crítica porque muitas vezes sequer somos capazes de evitá-la em nossas próprias vidas.

A sétima regra é “busque o que é significativo, não o que é conveniente” e ela traz uma reflexão muito significativa sobre as nossas escolhas. O autor ensina que jamais devemos tomar uma decisão pautada apenas na conveniência, porque raramente uma decisão tomada assim será significativa. Devemos sempre buscar o que desejamos, ainda que isso nos traga maiores obstáculos.

“Diga a verdade. Ou, pelo menos, não minta” é a oitava regra. Peterson ressalta que mentir é viver uma vida de enganos e deixa claro que quem é bom em dar desculpas não costuma ser bom em mais nada. Falar a verdade facilita as coisas e traz ordem ao caos de nossas vidas.

Em sequência, a nona regra é “presuma que a pessoa com quem está conversando possa saber algo que você não sabe”. Jamais presumir que você é o melhor de determinando ambiente e que já sabe de tudo te permite a aprender a ouvir e aprender com todos, ainda que o aprendizado seja sobre o que não fazer.

A décima regra é “seja preciso no que diz”. Falar as coisas com precisão, de forma objetiva facilita com que os outros e até nós mesmos saibamos o que queremos e o que estamos realmente pensando.

A penúltima regra é “não incomode as crianças quando estão andando de skate”. A regra é metafórica e sugere que deixemos que as crianças aproveitem de seu senso aventureiro, porque isso é fundamental para seu amadurecimento. As pessoas precisam aprender, desde pequenas, a encarar os desafios da vida.

Por fim, a última regra é “acaricie um gato ao encontrar um na rua”. Aqui, Peterson usa mais uma metáfora para evidenciar que precisamos ver e desfrutas das pequenas coisas. Que momentos simples podem ser bonitos e devem ser valorizados.

Como dito anteriormente, a obra se propõe a trazer um conjunto de regras que nos norteiem e nos auxiliem a amadurecer como pessoas e assumir mais nossas responsabilidades.

Em determinado momento entre esses dois capítulos o autor indica que tratou diversos pacientes com crises de ansiedade com duas sugestões: educar nosso corpo a acordar sempre num mesmo horário, de preferência cedo e se alimentar bem pela manhã, ingerindo proteínas e gorduras logo na primeira refeição. Essa sugestão falou muito comigo, porque já há algum tempo tenho tentado acordar cedo e me alimentar bem pela manhã na tentativa de procrastinar menos e ter mais disposição ao longo do dia, mas eu sempre postergava ou arranjava uma desculpa para mim mesmo.

Foi aí que a segunda e a sétima regra se encaixaram. Percebi que eu estava deixando de cuidar de mim por ser mais conveniente e o quanto eu jamais faria isso se fosse para cuidar de alguém querido sob minha responsabilidade. Esse conjunto de regras me deixou claro o quanto que eu preciso ser mais prioridade em minha vida e desde então tenho acordado religiosamente no mesmo horário e me dedicado a fazer uma boa refeição e também exercícios físicos. O efeito disso foi justamente o que eu buscava, consegui evitar a procrastinação matinal e atingir maior disposição ao longo do dia. Atribuo ao livro a aquisição desse hábito do qual não pretendo abrir mão!

As regras propostas pelo autor pretendem encorajar o protagonismo interno de cada um dos leitores, permitindo-os alcançar mais liberdade, maior eficiência e melhores resultados, fatos esses que pude extrair da leitura e experimentar pessoalmente.

*Gustavo Martins – Associado II do Instituto Líderes do Amanhã.

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