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O Liberalismo, segundo Ludwig von Mises

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Ludwig von Mises foi um dos mais notáveis economistas e filósofos do século XX. Nascido em um território que, à época (1881), pertencia ao Império Austro-Húngaro, doutorou-se em direito e economia e lecionou na Universidade de Viena por muitos anos. Lá também foi onde ele manteve um seminário que era considerado como o centro do debate econômico da cidade. Por duas décadas e meia, Mises foi o principal conselheiro econômico do governo austríaco na Câmara de Comércio de Viena, tendo contribuído de forma decisiva para a queda da inflação do país. Ele dizia que sua função lá era “dizer o que os políticos não poderiam fazer”.

Preocupado com a influência nazista na Áustria, o economista teve de fugir para Genebra e, posteriormente, tornou-se refugiado nos Estados Unidos, onde lecionou na Universidade de Nova York. Entre seus 47 livros publicados, dedicou-se a analisar três grandes movimentos econômicos nos seguintes livros: Socialismo (1922), Liberalismo (1927) e Intervencionismo (1941), este publicado somente após seu falecimento.

Na obra sobre a Economia de Mercado, o economista se dedica ao longo de cinco capítulos a analisar o sistema da economia de mercado e promover sua defesa.

No primeiro capítulo, intitulado “Os fundamentos da política econômica e liberal”, o autor dispõe sobre a função do Estado, como a preservação da segurança, a proteção da propriedade e da liberdade, em uma perspectiva contratualista e lockeana.

“Chamamos o Estado de aparelho social de compulsão e coerção que induz as pessoas a obedecerem às regras de vida em sociedade; chamamos de Lei as regras segundo as quais o Estado age; e de governo, os órgãos encarregados da responsabilidade de administrar o aparelho coercitivo.”

No segundo capítulo, “Política Econômica Liberal”, o economista argumenta que o capitalismo é o melhor sistema econômico para aumentar a produtividade e os níveis de bem-estar da sociedade, graças aos seus sistemas de incentivo virtuosos.

Já no terceiro capítulo, “Política Externa Liberal”, Mises argumenta que, quando aplicados princípios de uma economia de mercado, como a abolição de políticas protecionistas e antimigratórias, bem como a integração econômica entre diferentes países, há o efeito de preservação da paz entre as nações em virtude da interdependência econômica gerada.

O quarto capítulo, “Liberalismo e Partido Político”, é dedicado ao declínio do liberalismo, segundo Mises. Para o autor, o movimento capitalista fracassou em cativar as massas para defendê-lo contra políticos e partidos anticapitalistas.

O último capítulo, “O Futuro do Liberalismo”, é um alerta aos desafios para a prosperidade da economia de mercado: caso não seja defendida, os custos passarão a ser arcados pela sociedade em níveis menores de bem-estar.

Como legou um dos alunos de Mises, Friedrich Hayek, “os intelectuais liberais devem ser agitadores para derrubar a opinião corrente hostil à economia capitalista”.

A despeito das limitações, até mesmo em virtude da data em que foi escrito, e de negligenciar desafios e dramas humanos, como questões pertinentes ao meio ambiente e demandas sociais em geral, o Liberalismo de Mises é um retrato histórico a partir de uma visão de um dos maiores defensores do capitalismo do século XX.

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Luan Sperandio

Luan Sperandio

Analista político, colunista de Folha Business. Foi eleito Top Global Leader do Students for Liberty em 2017 e é associado do Instituto Líderes do Amanhã. É ainda Diretor de Operações da Rede Liberdade, Conselheiro da Ranking dos Políticos e Conselheiro Consultivo do Instituto Liberal.

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