fbpx

Diversidade, equidade e inclusão. Uma tragédia ideológica

Print Friendly, PDF & Email

Finalmente, parece que o mundo acadêmico está acordando e descobrindo o pesadelo em que a realidade se transformou. Palavras contra os oprimidos são violência. Violência contra os opressores é discurso.

Judeus assassinados, mulheres estupradas, crianças sequestradas, anciãos humilhados são opressores, são os culpados pela tragédia que os abateu. Os assassinos, estupradores, sequestradores, insolentes e arrogantes, os criminosos bárbaros violentos, são as vítimas, são os oprimidos.

Essa é a visão moral dos estudantes das principais universidades americanas. Eles vêm sendo educados, doutrinados, convencidos de que o mundo se divide em opressores e oprimidos e que o que separa um do outro está diretamente ligado ao identitarismo, a versão 2.0 do coletivismo baseado nas ideias marxistas adaptadas pelos filósofos, cientistas políticos, psicólogos e sociólogos pós-modernos, os perversores da linguagem e criadores do politicamente correto.

O problema, como bem escrevem Andrew Sullivan e Jonathan Haidt, como eu já escrevi também em posts anteriores, é que a demissão dos dirigentes das universidades não é a solução, nem de perto. O furo é muito mais embaixo e ainda não pararam de cavar.

O ambiente universitário, a mídia, a cena cultural, estão impregnadas pela ideia coletivista da diversidade, equidade e inclusão. Não existe mais a figura do ser humano com seus direitos individuais protegidos igualmente por leis objetivas onde imperam o Estado de Direito ou o Rule of Law.

Agora, se é negro, é oprimido; se é LGBTQ, é oprimido; se é mulher, é oprimida, menos se for judia, ou árabe, se esta for submetida à lei da Sharia; se é refugiado palestino, é oprimido, desde que o opressor seja Israel e não os terroristas do Hamas, ou os governos do Egito e da Jordânia.

As acusações de antissemitismo parecem ter abalado as estruturas desses hipócritas ideológicos, que querem reinar jogando uns contra os outros. Não é de se duvidar que ao acrônimo LGBTQ+, que significa Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transsexuais, Travestis, Queers e outras categorias identitárias recém-inventadas, tenhamos as letras N e J adicionadas, N de negro e J de judeu. Afinal, judeus fazem doações substanciais para suas alma maters.

Isso acontecendo, estaríamos intensificando a tragédia psicoepistemológica, ética, política e social que vivemos. Tragédia que, por sinal, já passou de todos os limites aceitáveis para qualquer sociedade cuja cultura, e consequente institucionalidade, se baseou em Aristóteles, Aquino, Locke, Jefferson, Madison e Hamilton.

Diversidade, equidade e inclusão são o oposto do que o ocidente iluminista entende por individualismo, liberdade e mérito. DEI, outro acrônimo nefasto, deve ser abolido e esquecido para sempre como um ideal para qualquer sociedade. As relações humanas devem ser livres, voluntárias e espontâneas, liberdade de consciência, de expressão e de associação são direitos que incluem não apenas a possibilidade de se dizer sim, mas também de se dizer não.

O que se precisa entender é que a menor minoria que existe em qualquer sociedade não é ABCDEFGHIJKLGBTQ+. A menor minoria que há atende pelo acrônimo I, de indivíduo.

*Artigo publicado originalmente na Revista The Times of Israel.

Faça uma doação para o Instituto Liberal. Realize um PIX com o valor que desejar. Você poderá copiar a chave PIX ou escanear o QR Code abaixo:

Copie a chave PIX do IL:

28.014.876/0001-06

Escaneie o QR Code abaixo:

Roberto Rachewsky

Roberto Rachewsky

Empresário e articulista.

Pular para o conteúdo