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Perdi o emprego, a culpa é deles

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Guilherme Dalla Costa*

Terceira parte da série sobre os cinco mitos sobre as privatizações que a maioria dos indivíduos provavelmente ainda acreditam.

Outra estória contada por nacional-desenvolvimentistas, cepalinos e afins é a de que a desestatização das empresas gera desemprego. Gera? Gera, em um primeiro momento. Uma empresa que pouco lucra (se é que lucra), com material sucateado e afogada em dívidas precisa cortar pessoal não só por isso, mas pelos famosíssimos “cabides de emprego”.

Toda a baixa produtividade da empresa por questões puramente tecnológicas se junta à típica ineficiência das pessoas que, tendo passado em um concurso, se contentam com a estabilidade do serviço público. No setor privado, porém, estabilidade se faz com trabalho duro, e quem não é bom o suficiente sai da folha de pagamento. 

A modernização é outro fator que gera desemprego. Se um funcionário com uma nova máquina trabalha por dois, não há por quê ter dois. A Vale, sempre um bom exemplo, perdeu mais de mil funcionários.

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Mas e depois? Qual o saldo final, depois de décadas de governos desestatizadores? A Vale emprega, hoje, 119.00 funcionários; a CSN, 19.000. Após seis mil demissões as siderúrgicas do Vale do Aço, MG, empregam hoje 46.000 funcionários.

A Embraer demitiu 4 mil funcionários dos 13 mil que possuía, e hoje contrata 17 mil pessoas. CSN, Açominas e Cosipas foram de 58 mil funcionários em 1989 para 43 mil em 1992. Hoje, as três empresas empregam 150 mil pessoas. Isso, é claro, são empregos relacionados apenas às estatais.

A quebra do monopólio da Petrobras criou milhares de empregos, assim como a da Telebrás criou dezenas de milhares.

A expansão da produção de ferro incentivou a indústria siderúrgica, a expansão da siderurgia impulsionou a da construção civil e automobilística que nós vimos na última década. Não menos relevante é o aumento da produtividade agrícola diante da desarticulação das estatais de fertilizantes, o que gerou empregos no complexo agro-industrial. Ganância não é vender empresas do governo. Ganância mesmo é ser contra a sua venda só para não perder o emprego ou ter que trabalhar mais.

*Acadêmico de Economia da UNIFRA e escreve para o site do Clube Farroupilha

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