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Oh, minha bandeira nacional…

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Regras são fundamentais para se ordenar e melhorar a vida em comunidade, uma vez que aparentava que tínhamos partido da era tribal. Muito embora tenhamos deixado de viver em tribos, esse espírito tribal certamente não se dissipou.

Concedendo o benefício da dúvida, é revoltante ouvir determinados “doutores” bradando sobre eventuais regramentos absurdos, que objetiva e claramente são ilógicos e risíveis para qualquer sujeito que se utilize de seu aparato racional.

Tenho afirmado que o Poder Judiciário, por conta de seu ativismo e do próprio comportamento de muitos brasileiros, tem judicializado a vida sobremaneira. Na verdade, penso que um dos reflexos dessa extrema judicialização é a improdutiva hiperpolarização política.

De forma acachapante e nefasta, a justiça deixou de ser cega para se mover sob os auspícios ideológicos de notórios militantes partidários. Pois uma juíza eleitoral acaba de dizer, em alto e bom som, que a bandeira nacional transformou-se em um símbolo “de um lado da política”, portanto, ela deve deixar de ser exibida a fim de não se constituir em propaganda eleitoral irregular.

Bandeira nacional é um símbolo ideológico-partidário, pode isso?! Aterrorizante que uma juíza desconheça o simbolismo da bandeira nacional e a própria lei, que justamente tem como ofício defender. A Lei 5.700/71, no seu Art. 10. diz: “A Bandeira Nacional pode ser usada em todas as manifestações do sentimento patriótico dos brasileiros, de caráter oficial ou particular”.

Essas situações de ir de encontro à lei têm sido a norma nesse país. Meu Deus, onde vamos parar?! A bandeira nacional é de todos os cidadãos brasileiros, um símbolo do povo, representativo de um sentimento de amor e de devoção à pátria.

A bandeira nunca poderá se constituir em um símbolo ideológico, a não ser que o Estado seja um partido. O patriotismo expresso pela bandeira nacional, a meu juízo, é uma importante “cola” para a formação de coesão nacional, com base em alguns valores e princípios que forjam a solidariedade entre os seus compatriotas.

A exposição da bandeira constitui-se em um sentimento patriótico, e, em tempos de eleições, um apreço pela genuína democracia. Vale destacar que o sentimento de patriotismo é muito distinto do nacionalismo tribal, que discrimina aquilo que não é nacional.

Contudo, eu não estranho o sentimento dessa juíza em relação à bandeiras. A turma esquerdista do beautiful people adora outros tipos de distintivos! A idolatria por bandeiras “progressistas” comandadas por setores da elite econômica e cultural extrapola as fronteiras nacionais, sempre representando causas políticas de tribos identitárias e/ou movimentos políticos que foram cooptados pela política de esquerda.

Embora essas tribos políticas sejam globais, é extremamente interessante notar que, quando a esquerda está no governo, suas políticas são de cunho populista, adotando iniciativas nacional-desenvolvimentistas, e retoricamente afirmando que deseja manter o patrimônio nacional. Parece que querem a proteção do Estado grande e, por consequência, de estatais, a fim de não se exporem ao capitalismo internacional e “explorador”.

As bandeiras do tipo arco-íris, por exemplo, simbolizam identidades e valores globais impostos por uma elite mundial. No que se refere aos liberais e aos conservadores, as preferências por símbolos como a bandeira não são tão inovadoras e volúveis, visto que é importante verificar o ajustamento de determinados valores e de princípios representados, e a sua aderência positiva nos contextos locais.

Muito triste, não sendo um caso isolado na nossa Justiça, em que tantos desgostam de símbolos nacionais, preferindo aqueles político-ideológicos. Mais uma vez, uma situação comprobatória de um Judiciário fora de seu propósito, desqualificado, lento para nós, os “comuns”, caro e político.

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Alex Pipkin

Alex Pipkin

Doutor em Administração - Marketing pelo PPGA/UFRGS. Mestre em Administração - Marketing pelo PPGA/UFRGS Pós-graduado em Comércio Internacional pela FGV/RJ; em Marketing pela ESPM/SP; e em Gestão Empresarial pela PUC/RS. Bacharel em Comércio Exterior e Adm. de Empresas pela Unisinos/RS. Professor em nível de Graduação e Pós-Graduação em diversas universidades. Foi Gerente de Supply Chain da Dana para América do Sul. Foi Diretor de Supply Chain do Grupo Vipal. Conselheiro do Concex, Conselho de Comércio Exterior da FIERGS. Foi Vice-Presidente da FEDERASUL/RS. É sócio da AP Consultores Associados e atua como consultor de empresas. Autor de livros e artigos na área de gestão e negócios.

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