O Vale-Tudo e o Mensalão
ARTHUR CHAGAS DINIZ *
Há muitos anos, no antigo Cassino Atlântico, no final da Praia de Copacabana, no Rio, realizavam-se, todos os domingos, lutas de boxe, com um animado público local. O vale-tudo não era para valer, diferentemente do que ocorre agora com as lutas do MMA (Mixed Martial Arts).
Os eventos dominicais eram sensacionais e, como os resultados eram combinados, as lutas, embora fake, eram marcadas por manobras sensacionais.
Este breve e saudoso comentário vem a propósito da apresentação feita pelos Mensaleiros – com destaque para Delúbio, Genoino e Dirceu – de recursos relativos a suas condenações. Mais do que a qualificação técnica destes recursos, que não conhecemos, chama a atenção o fato de que os condenados querem escolher os julgadores.
Nas lutas de vale-tudo, o resultado era conhecido. O que agora os mensaleiros querem é a garantia de que Joaquim Barbosa não seja o encarregado de rever as penalidades impostas aos infratores. Os mensaleiros querem saber antecipadamente o resultado da luta. Só mesmo se o relator for o Lewandowski.
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* PRESIDENTE DO INSTITUTO LIBERAL