O que é verdadeiramente censura?
Quando o governo obriga alguém a se calar ou a dizer o contrário do que pensa, isso é censura.
É censura quando o governo obriga as redes sociais a não publicarem opiniões.
É censura quando o governo obriga as redes sociais a publicarem opiniões com as quais não concordam.
Para quem não entende onde há censura neste segundo caso, explico que é o governo censurando o dono da rede social ao proibi-lo de dizer: “não, você publicou algo com que eu não concordo e como aqui o espaço é privado e eu sou o proprietário, eu não quero ver, ouvir, apoiar ou pagar para que isso seja publicado, pelo menos não na minha propriedade.”
Ninguém tem direito à liberdade na propriedade alheia. Se quiser expor o que pensa, use o que é seu. Se alguém permite que você exponha o que pensa na propriedade dele, isso se dá por concessão do proprietário, dono do lugar, a única pessoa que pode impedi-lo de fazê-lo a qualquer momento, pelo motivo que escolher.
O STF está errado ao impor censura aos seus antagonistas. Trump está errado ao impor censura aos donos das redes sociais.
Você pode se achar dono do seu perfil numa rede social, mas você não é mais dono do lugar do que o dono da rede social onde você está.
Eu sei que muitos aqui são contra a decisão do STF de censurar e a favor da censura que o Trump faz aos donos das redes sociais, ou vice-versa. Isso se dá ou por incapacidade de compreender o que é verdadeiramente censura, ou por incapacidade de dominar suas próprias emoções.
Uma rede social é espaço virtual privado cujo acesso ao público é permitido e condicionado às regras determinadas pelo dono do espaço, cabendo aos frequentadores apenas respeitá-las e ao governo zelar para que a propriedade privada não seja violada.
Nos dois casos acima citados, o governo brasileiro através do poder judiciário e o governo americano através do poder executivo estão violando a propriedade privada e suprimindo o direito à liberdade do seu proprietário e daqueles que ele consentiu que se manifestassem ou quis impedi-los de fazê-lo, porque contrariava suas regras.
