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O que é o Rock in Rio?

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Faço a pergunta, e, tentando me transmudar em alguém da esquerda chique, dou a seguinte resposta: “Ahhh, éé…, “tipo assim”, um evento multicultural, baseado na igualdade de todos os estilos e na diversidade de idéias sons e rítimos. Afinal, o Rock pode ser tudo, pode ser pop, pode ser um DJ “apertando o Play”, pode ser uma micareta… Enfim, para que dar ao Rock o sentido que todos conhecem? Vamos inovar! Precisamos reinventar o sentido da palavra.”

Particularmente, acho que, nos dias de hoje, é um evento indefinido de “música”. O primeiro tinha uma linha coerente de músicos estrangeiros de Rock e gêneros afins, como o Jazz. Além disso, foram acrescentados alguns músicos brasileiros, sem que tivessem, necessariamente, afinidade com o gênero musical que era, nada mais nada menos, que o título do festival “Rock”. Naquele tempo (1985), o Brasil era raríssimamente cotado para as rotas de turnês internacionais.

Historicamente, o evento coincidiu com o fim a ditadura militar no Brasil e a “eleição” de Tancredo Neves. O momento era, portanto, de abertura política. Após o “Rock in Rio­ – I”, gradativamente,  o nosso país passou a receber músicos estrangeiros com mais frequência. O Rock in Rio teve um reedição 6 anos depois, em 1991, e, novamente, houve um claro foco no gênero Rock. O Brasil era governado, na época, por Fernando Collor que iniciou a abertura econômica internacional. Lembrem-se da famosa “farra dos importados”.

Em seguida, o evento virou marca, e se realizou em outros países. Cada vez mais flexível com relação aos gêneros musicais. Qual a razão disso? Pode ser possível encontrar diversas causas, sob as mais diversas óticas. Mas, acredito que uma tenha sido mais marcante. A abertura econômica do Brasil fez com que outros eventos musicais e astros internacionais viessem ao país com mais frequência. Por sua vez, o Rock in Rio – como marca – levou músicos brasileiros ao exterior, e perdeu a identidade.

Não era mais um festival de Rock, tornou-se um mega-business sem um foco artístico definido. Há algo de errado nisso? De forma alguma. Um negócio é feito para dar lucro e não para levantar uma bandeira (demonstrei isso no texto “Qual é o Milagre?” – também publicado no Blog do Instituto Liberal).

Sinto, apenas, a nostalgia dos tempos. Na década de 80 encontrávamos no Rock a música de nossa juventude. Liberais ou não, gostávamos de ouvir o bom e velho “Rock n’ Roll”. Para os que não sabem, vale lembrar que a banda Rush, por exemplo, foi profundamente influenciada pelas ideias liberais de Ayn Rand e produziu letras difundindo essas ideias que nos são tão caras.

Pois bem. O Rock in Rio não é mais Rock. É sem sombra de dúvidas um grande negócio e foi um passo importante para a abertura do mercado cultural musical no Brasil. Foi o pioneiro e teve de se adaptar ao mercado, buscando o que o público quer. Como a educação brasileira, de um modo geral, foi fortemente influenciada pelo raciocínio de esquerda, é irrelevante para todos o real sentido das palavras. Rock, nesse caso, pode ser qualquer coisa.

Para mim, Rock continua sendo o mesmo gênero musical que sempre conheci. Fico feliz com o primeiro Rock in Rio e com a abertura econômica que foram responsáveis por diversos shows de Rock (mesmo) que assisti após esses fatos. Tal circunstância só reforça a importância da liberdade de modo geral, e a força de mudança que a abertura econômica para o mundo teve no Brasil. É uma pena que, atualmente, o governo atual prefira o protecionismo econômico… Acho que precisamos de mais liberalismo e Rock n’ Roll!!

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Leonardo Correa

Leonardo Correa

Advogado e LLM pela University of Pennsylvania, articulista no Instituto Liberal.

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