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O presidente Imaturo

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ROBERTO BARRICELLI*

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Dias passam e continuo me surpreendendo com a capacidade dos socialistas de superarem sua própria estupidez.

Não satisfeito em criar o Ministério da Suprema Felicidade da Nação e antecipar o Natal para um povo sem acesso aos bens mais básico do consumo, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, deu ouvidos a Chávez reencarnado em passarinho que foi à sua janela pela manhã e ordenou a invasão e ocupação das lojas da empresa Daka, para “vender os produtos a preços justos e acessíveis à população”.

 

Claro, pois a culpa da escassez de produtos básicos que o levou a invadir uma fábrica de papel higiênico alegando os mesmos motivos e que não era produzido tendo em vista as necessidades do povo é das malditas empresas capitalistas, assim como a culpa pela inflação, certo? Errado!  A política estatizante e bolivariana de Nicolás Maduro; que teve início com o golpista Chávez, é a única culpada pela escassez dos produtos básicos, apagões (que Maduro delegou a culpa a um “golpe oposicionista” que jamais ocorreu) e hiperinflação.

Ora, se a iniciativa privada é sufocada e tolhida e os setores estratégicos e que fazem a economia de uma nação girar estão sob controle de um Estado Socialista, não se pode esperar menos que uma crise econômica. Se há monopólio estatal, obviamente, não há concorrência e por mais que o governo pressione, os produtos e serviços serão inferiores e mais caros. O mesmo ocorre quando o mesmo governo sufoca a iniciativa privada (exceto as empresas de seus financiadores, por enquanto), pois esta perde competitividade e o alto custo gerado é repassado ao consumidor nos preços finais, além dos cortes e do consequente baixo investimento em qualidade.

E quando se percebe que o povo está insatisfeito e tais respostas populistas não tem mais o efeito esperado junto à população, o que faz o presidente venezuelano? Tem mais atitudes populistas na mesma linha e tenta distrair a população com uma suposta aparição do rosto de Hugo Chávez no metrô.

Resultado, revolta da população e manifestação contra o tal presidente.

Sabendo do ciclo negativo que as políticas bolivarianas possuem. O que ocorrerá se o governo da Venezuela insistir em arrumar os estragos causados por elas utilizando mais doses de política socialista bolivariana? A total destruição do país, no mínimo.

Ora, o povo não tem o que comer, os preços estão altos, há escassez de produtos (que colabora mais o surgimento da hiperinflação) e está infeliz, qual a solução? Óbvio, criar um ministério absurdo, com um nome “bonitinho” e antecipar o Natal, para que as pessoas utilizem o dinheiro que não possuem, para comprar produtos que não há e/ou que não estão a preços acessíveis aos infelizes.

O que Maduro espera? Que o Papai Noel envie papel higiênico de presente? Deve estar torcendo para que o vermelho da roupa do bom velhinho signifique que ele é um “camarada” amigo da “revolução”.

E quando a mídia internacional tenta expor tanta barbárie, qual a atitude de Maduro? A mesma com os jornais do país, que estão censurados, aparelhados e semi-estatizados. Manda prender um repórter do jornal Miami Herald (do Estados Unidos) por solicitar uma entrevista com militares (o nome do repórter é Jim Wyss e foi solto 48hrs após sua prisão não explicada). Claro, deve ser um golpista e o fato de ele estar lá para escrever sobre as eleições municipais de 8 de dezembro de 2013 (com acusações de intimidação do governo à oposição) e a escassez de produtos básicos no país não teve nada a ver com a prisão. Só sendo cego por escolha para pensar desse jeito.

Falando em 8 de dezembro de 2013, Maduro declarou esta data como o “Dia da Lealdade e do Amor a Hugo Chávez”. A declaração ocorreu em 06 de novembro de 2013. Três dias após mais esse ato populista na tentativa de (mais uma vez) ganhar a população pela emoção e comoção e “santificar” Hugo Chávez, milhares de pessoas se prepararam para sair às ruas em ma “passeata auto convocada” (significa que as pessoas assumem que a oposição não as convocou, mas que elas mesmas o fizeram).

No começo do mês, ao saber da convocação da passeata pela sociedade cível, o presidente Maduro atacou o Twitter (por onde foi convocada a passeata), dizendo que foram retirados de sua conta e das contas de políticos bolivarianos milhares de seguidores como um plano do Twitter e da Direita Internacional de desestabilizar a Venezuela. Os problemas como a falta de comida e produtos básicos e a hiperinflação que tornaram seu governo “menos popular” e defasaram a imagem sua e de seus “companheiros” nada teve a ver com os seguidores perdidos?

A inflação galopante e a provável desvalorização do câmbio no curto prazo são de culpa do fracasso das políticas socialistas e não de empresários malvados e de uma inexistente direita golpista.

Nicolás Maduro vive no próprio mundo de fantasia e ilusão, no qual tenta inserir os venezuelanos através da comoção da nação com seus discursos emotivos, inflamados e populistas, que vem perdendo força e levando o próprio Maduro a ter atitudes que em qualquer lugar racional seriam motivo para recomendar-lhe o hospício.

*JORNALISTA

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