O país da inovação
ARTHUR CHAGAS DINIZ*
Pelo menos no campo ortográfico, o País, por determinação de sua Presidente(a) está apresentando inovações. Assim, as diferentes profissões estão passando a usar o “a” em lugar do “e“, como são os casos de “presidente”, “superintendente”, “agente”. Consta que os homens vão reagir com a inclusão dos odontologistas, neurologistas e oftalmologistas, que vão querer ser tratados com o “o” no lugar do “a“. Isto é pouco importante para mim e acredito que para quase toda a população.
O que preocupa, no entanto, é a prioridade que Dilma vem dando ao consumo interno, enquanto a inadimplência cresce. Ao invés de reduzir a brutal e regressiva carga de impostos que permitiria comprar à vista, Ela só pensa em aumentar o endividamento dos cidadãos estimulando, consequentemente, a inadimplência. O crescimento do País não é, necessariamente, sustentado pelo consumo interno. Se formos competitivos, vamos exportar mais produtos manufaturados e criar uma poupança interna.
Mais do que consumir, é preciso construir. Construção se faz com poupança. Não há, no entanto, como exportar mais com a crescente queda da produtividade no País.
Em vez de “tentar” substituir o mercado e introduzir novos modelos para velhas palavras, Dilma bem poderia se concentrar na carência de investimentos na infraestrutura. Já que sabe que o investidor privado é mais eficiente do que o Estado, deveria começar a reduzir o seu custeio e transferir responsabilidade aos investidores privados (não dá para ser privadas).
* PRESIDENTE DO INSTITUTO LIBERAL
N.E.: Veja também
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fonte da imagem: Wikipédia