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O modelo sueco reavaliado

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NCPA *

Para aqueles que defendem uma presença maior do governo no livre mercado, o exemplo apresentado pela Suécia, há tempos, oferece um ponto de discussão confiável.

Seu sucesso econômico, ao lado de indicadores sociais positivos tais como baixas taxas de criminalidade, expectativa de vida elevada e um alto grau de coesão social, sugere a muitos observadores de fora que o caminho do governo grande talvez não seja tão negativo e ineficiente como afirmam os críticos.

No entanto, ao analisarmos a história de sucesso da Suécia, fica claro que o Estado assistencialista não merece o crédito que recebe por colocar a Suécia à frente dos outros, afirma Nima Sanandaji, presidente do think tank sueco Captus.

A ausência de uma correlação entre uma estrutura de um Estado assistencialista e resultados socioeconômicos positivos é evidente por duas razões cruciais.

Primeira, a cronologia da Suécia prova muito pouco que um fator é a causa do outro.

  • A era do governo Social-Democrata começa em 1936, e, no entanto, o crescimento da Suécia como país foi relativamente bem anterior a essa época.
  • Além disso, desde os anos 1990, os governos recentes no país, de centro-direita, foram reduzindo gradualmente o Estado assistencialista, e essas políticas foram acompanhadas de um crescimento que o país não via há décadas.
  • De fato, o período no qual a economia do assistencialismo foi mais fortemente adotada (os anos 1970 e 1980) presenciou taxas de crescimento baixas.

A segunda razão que nos leva à conclusão de que não se pode creditar ao Estado benfeitor o crescimento da economia da Suécia é apresentada pelo desempenho dos imigrantes suecos nos Estados Unidos.

  • Apesar de ter deixado a Suécia e se mudado para um novo país, essa população superou historicamente as expectativas e obteve padrões socioeconômicos muito acima dos seus equivalentes, caracterizados por uma taxa de pobreza baixa e alto nível de emprego.
  • Este fato comprova a alegação original porque indica que há alguma coisa de idiossincrático a respeito do povo sueco em geral que causa seu sucesso, de tal forma que ele é capaz de prosperar a despeito da ausência de uma estrutura de um Estado assistencialista.
  • Ao mesmo tempo em que alguns sugerem que uma ética de trabalho luterana tradicional é a variável que, neste caso, pode confundir, a questão é que qualquer índice de fatores culturais e étnicos poderia estar colaborando para produzir excepcionais padrões de vida dos suecos.

 

Fonte: Nima Sanandaji, “The Swedish Model Reassessed: Affluence Despite the Welfare State,” Libera Foundation, October 2011.

*NATIONAL CENTER FOR POLICY ANALYSIS

 

TRADUÇÃO: LIGIA FILGUEIRAS

 

Fonte da imagem: Wikipédia

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