A educação e a USP
ARTHUR CHAGAS DINIZ*
A Universidade de São Paulo, a USP, como é efetivamente conhecida, atravessa um período negro em sua história. As cenas de vandalismo explícito mostradas pela televisão são incompatíveis com o grau de educação esperado da futura elite paulistana. O campus da Universidade, a pedido dela mesma, passou a ter policiamento permanente da Polícia Militar depois de um assassinato lá ocorrido. Recentemente, a polícia apreendeu três estudantes que fumavam acintosamente maconha.
O grupo de estudantes que ora ocupa de forma ilegal e violenta áreas da própria reitoria fez do episódio um “cavalo de batalha” e quer, agora, a retirada integral da PM do campus. O limitado grupo de estudantes (?) que invadiu e depredou instalações usa lenços e máscaras para esconder o rosto, mas a violência não esconde suas intenções.
Este tipo de comportamento não camufla o fato de que a Universidade, intensamente paga com recursos da sociedade, não consegue se qualificar entre as 200 melhores universidades do mundo. A política lá é marcadamente estalinista na condução dos procedimentos universitários. Como em toda universidade brasileira, a condução política é lastreada nas velhas práticas comunistas que não se contentam com oportunidades iguais. Querem nivelar por baixo e “criar” resultados iguais.
O governo de São Paulo tem que tratar essa minoria de maneira enérgica e exemplar partindo do conceito de que deve ser processada pelos prejuízos materiais causados por sua violência. Os universitários que não participaram dessa violência perderam e estão perdendo preciosas aulas e os cidadãos paulistanos, vendo seus impostos estaduais jogados no lixo.
Estes, sim, estes mesmos universitários transgressores formam a “elite” dentro da qual estarão, no futuro, deletérios ministros de esportes e/ou governadores de Brasília. É um mau exemplo para o resto dos estudantes brasileiros que sonham um dia ser parte da universidade paulista.
*PRESIDENTE DO INSTITUTO LIBERAL
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