O período de eleições requer capacidade de análise e tomada de decisão de qualquer indivíduo. Naturalmente os indivíduos e cenários nunca serão os mesmos dos analisados, mas os conceitos e valores podem ser muito semelhantes. Nesse contexto, conhecer a ideologia política do candidato, e a performance histórica dessa ideologia, é a base para uma tomada de decisão racional.

Em meio a um bombardeio de informações em diversas mídias e marketing altamente apelativo e inclusive eventualmente falso, o eleitor é induzido a avaliar de forma rasa e emotiva, optando pelo candidato que “defende a família”, ou que vai “melhorar a vida dos pobres”, ou garantir saúde e segurança do trabalhador e dos mais vulneráveis. Nesse cenário, promessas são feitas, mas propositalmente nem sempre está nítido ou é superficialmente discutido o método proposto para se entregarem tais resultados.

Ao analisar a história de nações prósperas, como as europeias ou as norte-americanas, fica evidente que o meio mais eficaz e sustentável de obter tal nível de prosperidade prometida é uma economia forte, formada por indivíduos com liberdade, autonomia e responsabilidade individual, empreendendo de forma eficiente e produtiva, movidos pela busca por sua exclusiva prosperidade e inseridos em um estado de direito com amplo respeito à propriedade privada. O somatório dos esforços de cada indivíduo para atender, tese essa comprovada empiricamente através do desenvolvimento obtido por nações liberais.

Países de primeiro mundo não alcançaram o atual nível de progresso aplicando políticas coletivistas. Essas políticas podem eventualmente existir atualmente, e essa existência pode confundir, em uma análise superficial, a relação de causa e efeito com a prosperidade. Porém, em uma análise mais aprofundada, fica evidente que políticas coletivistas não foram a causa do progresso, mas meramente custeadas por esse progresso. Países desenvolvidos alcançaram o atual patamar de progresso em função do livre mercado aplicado de forma perene por gerações.

O método mais eficaz de se combater a pobreza, gerar prosperidade e segurança aos indivíduos é o livre mercado, evidenciado por diferentes cases de nações prósperas. O exemplo oposto também se evidencia no fracasso de outras nações que seguiram a estratégia de possuir um estado robusto, centralizador e participante ativo na economia. Assim sendo, ao se deparar com uma campanha afirmando que irá reduzir a pobreza, proteger a família ou garantir a saúde e segurança do trabalhador, avalie qual o método proposto para alcançar esse resultado e quais resultados esse método entregou em diferentes nações.

 *Vinícius Malanquine Frazzi é Associado I do Instituto Líderes do Amanhã.