O dia do Saci
ARTHUR CHAGAS DINIZ*
O volume de malfeitos (como Dilma chama a corrupção) encontrada no Ministério do Esporte acabou por demitir o ministro Orlando Silva. Que ninguém se engane: nenhum corrupto vai devolver o fruto do malfeito. Dentro do atual modelo de loteamento das atividades do governo, os comunistas indicaram seu substituto.
O deputado Aldo Rebelo, famoso por sua obsolescência prematura, já tem dois projetos de lei, não aprovados por seus pares, ambos igualmente inaceitáveis, impróprios e absurdos.
Ele sugeriu, para substituir o Halloween – o dia das bruxas -, a criação do dia do Saci, uma das lendas do folclore brasileiro. Depois apresentou projeto de lei restritivo ao uso de nomes estrangeiros na fachada de lojas e na nomeação de produtos. As ideias do comunista Rebelo não são apenas absurdas, mas, antes de tudo, infantis.
Agora, nomeado Ministro do Esporte, o nosso ministro Saci já lançou a pedra fundamental de um arsenal de bobagens. Nada é mais impróprio para comandar a política esportiva brasileira do que colocá-lo como “árbitro brasileiro” em questões que envolvem outros países, como é o caso da Copa do Mundo (2014) e da Olimpíada (2016).
Suas primeiras sugestões relativamente à venda de ingressos foi a de propor cotas para índios e o pessoal do Bolsa Família. Obviamente, nenhuma redução no valor dos ingressos seria suficiente para substituir os custos de transporte e estada, tanto para os indígenas quanto para os indigentes.
Dilma, que insiste na meia entrada para estudantes e velhos, parece desconhecer que Lulla, quando pleiteou a Copa do Mundo para o Brasil, sabia que ela, Copa, é um evento da FIFA. Colocar o velho comunista em uma posição chave é, antes de tudo, um malfeito.
*PRESIDENTE DO INSTITUTO LIBERAL
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