O Brasil precisa de mais Margaret Thatcher
Não tenho a expectativa de aqui trazer um novo “mito”, mas durante esta semana, tive a grata oportunidade de conhecer um pouco mais sobre a história da “Dama de ferro” e sobre os seus mais de onze anos de governo na Inglaterra.
Durante esse estudo, consegui entender que o real legado de Thatcher não foi o resultado econômico, mas a eficiência em influenciar a mentalidade de uma população tomada pelo coletivismo. Sua postura conservadora e seu interesse genuíno em devolver o protagonismo sob o crescimento da nação para os empresários é o que mais me chamou a atenção.
Não existiu um governante em ação que defendeu mais a mensagem de Hayek em O caminho da servidão do que Thatcher. A verdade revelada à população de que um planejamento central só serve para aprisionar e levar as pessoas à miséria ficou gravada na mente dos ingleses.
Quem me dera ver um governante no Brasil que tenha coragem de colocar seus valores em primeiro lugar e defender com tamanha fidelidade as ideias liberais como Thatcher defendeu.
Quando refletimos sobre os valores defendidos no Líderes do Amanhã, fica fácil identificar nas atitudes de Margaret a defesa da liberdade, a confiança no poder do livre mercado (única máquina geradora de prosperidade), a responsabilidade individual (o motor de transformação primária) e o estado de direito (como defensor da segurança jurídica, da liberdade e da propriedade privada).
Infelizmente, carregamos na mentalidade de grande parte da população brasileira a dependência de um governo central populista e, a cada quatro anos, a esperança de um “mito” que mudará a nossa história em instantes. Enquanto não assumirmos a defesa incondicional dos nossos valores e aceitarmos passivos representantes que não estão alinhados com tais valores, continuaremos na insanidade de acreditar em um país mais próspero.
Parafraseando Albert Einstein: “O mundo não está ameaçado pelas pessoas más, e sim por aquelas que permitem a maldade.”. Portanto, é necessário mais ação individual na divulgação do liberalismo e ato diário de contraponto ao senso comum dentro de nossas microcomunidades.
*Luis Zandonadi Bissoli é Associado I do Instituto Líderes do Amanhã.