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Não importa se é comunismo ou socialismo

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Transformar-me-ei num fã do historiador Leandro Karnal. Diz ele: “A sedução do nazismo (ou do stalinismo, ou da ortodoxia religiosa fundamentalista ou de qualquer pensamento que elimina a crítica ou o contraditório) é sempre a mesma: alça a cargos e ao microfone gente ruim, medíocre, fraca e que ganha o poder por força da circunstância. Essa gente encarna a morte que não queremos ver em nós, mas desejamos atribuir a outros”. Perfeito!

Mas peraí! Um segundo!

Por que o historiador não foi explícito com relação à doutrina socialista que, de verdade, é aquela que se alimenta da desgraça e da destruição dos valores e das virtudes das liberdades individual e econômica, da garantia da propriedade privada e do direito à vida, à justiça e a lei igual para todos?!

É conveniente lembrar que o comunismo stalinista implementado na prática foi exatamente o sistema socialista do grande Estado centralizador! Ah, sim. O stalinismo foi matador e, embora condenado, agora, o delírio socializante metamorfoseado de defesa dos direitos universais e de minorias identitárias, com suas falsas retóricas arcaicas de bom-mocismo e direitos humanos, não passa de uma nova roupagem, de fato, de uma religião fundamentalista (o cientificismo pifou!) disposta a implantar a utópica e pueril (cruel) visão do céu azul na terra deformada pela cultura burguesa opressora.

Chega desse enfadonho, mentiroso e falso fausto discurso, por meio da inversora novilingua, capaz de encher bocas vermelhas de nobres palavras, tais como democracia e Estado de direito!

Ou será que no Brasil, na América Latina e mundo afora não há escassez de verdadeiras instituições democráticas e de senso de justiça nas acepções corretas de tais palavras?

Regimes ditatoriais e teocracias – tanto faz a direção; esquerda ou direita – embutem falsas crenças que impostores e bastardos inglórios minoritários vendem ao povo, para que esse se deleite com o ópio da exploração, da farsa e da pobreza, ou seja, da eterna destruição!

Evidente que Trump e Bolsonaro, por exemplo, estão bem longe de serem estadistas virtuosos – como experiência própria, talvez o voto seja mais por exclusão -, mas também estão muito distantes de serem ditadores homofóbicos, tais como as resistências americanas desejam fazer crer (imaginem com Haddad e Mrs. Clinton!).

Creio indubitavelmente que o mundo precise de mais instituições democráticas reais, inclusivas, da garantia e do estímulo à propriedade privada e, fundamentalmente, de políticas capitalistas “pró-mercado”, com o “pequeno” Estado necessário, livre comércio e justiça individual e contratual justa e honesta!

Importante reiterar que sem propriedade privada sobre os meios de produção, não há mercado e, assim, não há um mecanismo legítimo de formação de preços. A real, eficiente e pragmática ajuda aos pobres advém do crescimento econômico. Nunca virá do engodo de uma sociedade igualitária do Estado grande, seja ele denominado de comunista ou socialista. No âmago, representam a mesma irracionalidade econômica.

O crescimento tampouco derivará do grande Estado intervencionista e corrupto que serve para enriquecer os mesmos burocratas estatais, religiosos mercadores de ilusão através de papinhos e clichês demagogicamente hipócritas.

Como introduzir e/ou aprofundar a lógica racional comprovadamente vencedora? Óbvio, com educação (conduzir para fora) de verdade(!), e pressão social…

As falaciosas ajudas externas e/ou políticas a la Robin Hood são contraproducentes, porque os recursos não chegam aos pobres, gerando apenas mais riquezas para uma corja de burocratas corruptos que, na maiorias das vezes, utilizam-se de tais recursos para preservarem regimes ditatoriais e/ou teocráticos.

O perverso efeito colateral é a manutenção de sistemas ineficientes e corruptos, eliminando a necessária transformação via incentivos para inovações políticas, que induzam valores democráticos, e econômicas, via liberdade econômica.

Suportes “humanistas”, baseados em direitos universais, contrariamente aos individuais, além de reduzirem as ideias democráticas, elevam justamente as imorais práticas de corrupção.

Irã, Arábia Saudita, Venezuela, Cuba, entre outros países, vivem teocracias e ditaduras horripilantes, em que líderes impiedosos, espertos bandidos sanguinários minoritários, continuam vendendo e tendo “sucesso” através da falsa crença religiosa e fundamentalista, enganadora de uma maioria incauta e de seus sectários.

Ditadores, retórica e religiosamente, mentem preocuparem-se com o povo e com seus direitos coletivos, aniquilando o vital direito à liberdade individual.

Nesta veia, a própria discussão de questões vinculadas às políticas anti-imigração – “desumanas” – de alguns países europeus e dos Estados Unidos, restringe-se à análises emocionais e de falso moralismo, literalmente rasteiras. Por que será que, a exemplo de nossos “grandes artistas da resistência”, todos querem acessar e aproveitarem-se das benesses de países capitalistas “comedores de adultos”, ao invés dos paraísos paradisíacos da Venezuela, de Cuba…?!

Vejo como realista e sensato que cidadãos-nativos pagadores de impostos em nações democráticas e de economias de mercado reflitam com seriedade sobre o financiamento aos seres humanos que fogem de verdadeiros infernos, reinos da ditadura, do sangue, da pobreza e da destruição humana. O senso moral pesa, embora a verdadeira racionalidade se sobressaia.

Políticas redistributivistas, além de não funcionarem, extraem a renda individual e o espírito e o talento empreendedor de pessoas.

Poucos são os dotados da razão que friamente pensam e concluem que a raiz do problema – não suas tristes consequências – está na doença religiosa do socialismo do autoritarismo de esquerda, nos reais autoritarismos de direita – não esses da resistência – ou nas teocracias de líderes terroristas.

Em ambos os casos, ou pela inexistência de um sistema de preços “democrático”, ou por intervencionismos estatais que distorcem tal sistema, quem paga caro pela ineficiência econômica são sempre os mais necessitados. Os verdadeiros “oprimidos” o são pois não possuem a massa crítica formada por meio do acesso à educação – não doutrinação – de qualidade, que lhes permitiria “pensar por si próprios”! Se a tivessem, a pressão por mais liberdades e oportunidades econômicas seria muito mais intensa.

Bem, o historiador Karnal se esqueceu de pontuar que o socialismo, para o povo, representa a construção artificial da igualdade na pobreza, que retira do indivíduo sua liberdade individual.

Não se trata de “rejeitar o contraditório”; refiro-me trivialmente à lógica da realidade, em que o crescimento econômico e a melhoria geral das condições de vida de uma população originam-se das liberdades individual e econômica.

No império americano capitalista, no Reino Unido e na longínqua Austrália, por exemplo, “trabalhadores oprimidos” não querem deixar seus padrões de renda e de qualidade de vida superiores, não é mesmo?!

O que continua a apaixonar cegamente em direção ao caos econômico e social é a léria coletivista rubra, a despeito de que na realidade vivida traga opressão, fome, morte e a desesperadora tentativa de fuga do “paraíso” em busca de um assomo de esperança de felicidade.

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Alex Pipkin

Alex Pipkin

Doutor em Administração - Marketing pelo PPGA/UFRGS. Mestre em Administração - Marketing pelo PPGA/UFRGS Pós-graduado em Comércio Internacional pela FGV/RJ; em Marketing pela ESPM/SP; e em Gestão Empresarial pela PUC/RS. Bacharel em Comércio Exterior e Adm. de Empresas pela Unisinos/RS. Professor em nível de Graduação e Pós-Graduação em diversas universidades. Foi Gerente de Supply Chain da Dana para América do Sul. Foi Diretor de Supply Chain do Grupo Vipal. Conselheiro do Concex, Conselho de Comércio Exterior da FIERGS. Foi Vice-Presidente da FEDERASUL/RS. É sócio da AP Consultores Associados e atua como consultor de empresas. Autor de livros e artigos na área de gestão e negócios.

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