BERNARDO SANTORO*

Ela já maquiou o rosto (o cabelo e a maquiagem da Presidente quando ela vai ao ar em rede nacional estão custando R$ 3.000,00 cada), ela já maquiou o orçamento para não ser pega na Lei de Responsabilidade Fiscal. Agora a onda é maquiar o PIB. O pibinho de 2012, que era de 0,9% em um ano, foi revisado pelo governo e agora virou 1,5%, por conta de uma “mudança metodológica”.

O anúncio, ao contrário do que se esperaria normalmente, não foi feito pelo instituto responsável, o IBGE, mas sim pela própria Presidente Dilma, em entrevista ao jornal El País, da Espanha.

Procurados para tratar do tema, os responsáveis pelo IBGE falaram que não há ainda uma conclusão sobre o tema, ou seja, a Presidente já sabe qual será o número final antes mesmo do estudo terminar. Esse é um claro indício de que o PIB oficial brasileiro está deixando de ser uma coisa séria e passando a ser um instrumento político, como tudo mais que o PT toca.

E o Brasil tem clara inspiração: a Argentina da Sra. Kirchner. Ela, que é conhecida pelo seu mau gosto ao pintar o rosto,  também adora maquiar o PIB e a inflação do seu país, chegando até a ser criticada pelo FMI.

Não que o PIB seja um índice confiável de medição de riqueza, de fato, ele mais mede o consumo que a riqueza propriamente dita, mas se um país se propõe a fazer tal medição, deve se feita com bases objetivas e sem cunho político, para que se analise onde está acontecendo o erro e se produzam políticas públicas efetivas.

Que tipo de credibilidade a Presidente Dilma pretende passar com tal postura? Se ela já está mentindo sobre números oficiais agora, que dirá na campanha eleitoral.

*DIRETOR DO INSTITUTO LIBERAL