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Liberdade Econômica x Socialismo

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ROBERTO BARRICELLI*

Os cinco países com mais liberdade econômica (Hong Kong, Singapura, Austrália, Nova Zelândia e Suíça) possuem índices muito superiores aos com pouca ou nenhuma liberdade econômica (Venezuela, Zimbábue, Cuba e Coreia do Norte).

Segundo o 2013 Index of Economic Freedom, o índice de liberdade econômica, medido pela Heritage Foundation, os cinco mais liberdade econômica são: Hong Kong, Singapura, Austrália, Nova Zelândia e Suíça, enquanto na parte debaixo da tabela, ocupando as quatro últimas posições, estão Venezuela, Zimbábue, Cuba e Coreia do Norte.

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A diferença dos índices entre os países é gritante. Observe a tabela:

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Fica clara a disparidade entre os países com mais liberdade econômica e os com menos ou nenhuma. No caso do Zimbábue a falta de liberdade econômica piorou uma situação historicamente pré-existente.

Apenas Cuba ganha no índice média de anos de estudos por 0,1 de Singapura, todos os demais índices estão abaixo dos países com mais liberdade econômica. Além disso, a diferença de renda nacional bruta per capta (US$) é absurda. O país com menor renda nacional bruta per capta entre os mais livres é a Nova Zelândia com US$24.358,00, enquanto entre os menos livres e repressores o que tem maior renda nacional bruta per capta é a Venezuela com US$11.475,00. Ou seja, o país com menor renda per capta entre os livres possui índice 2,12 vezes maior que o com maior renda per capta entre os não-livres e repressores.

Ao analisarmos os países não-livres veremos que a ideologia política e econômica predominante vem do socialismo/comunismo. No caso da Venezuela é o socialismo bolivariano, enquanto em Cuba e Coreia do Norte predomina o comunismo e no Zimbábue houve a destruição do país pelo regime ditatorial socialista de Robert Gabriel Mugabe, no poder desde 1980.

Em Cuba, como já demonstrei em artigo anterior (clique aqui), durante a era da URSS o recebido pela ilha foi de US$100 bilhões e depois da queda da parceira, essa entrou em crise. Muitos culpam o embargo econômico, porém fecham aos olhos para o fato de que Cuba comercializou com mais de 90 países em 2013 e seu 3º maior fornecedor e 5º maior consumidor são os Estados Unidos.

A Coreia do Norte foi também mantida pela URSS por anos e o colapso desta acarretou em uma crise que hoje deixa sete milhões de habitantes passando fome e 60% das crianças desnutridas, sendo 16% casos de grave desnutrição. O regime ditatorial comunista fechou a Coreia do Norte ao mundo ocidental e é sustentado atualmente pela China através de uma balança comercial favorável a Coreia do Norte. Porém, isso não impediu que a mesma Coreia do Norte pedisse ajuda a Coreia do Sul, que enviou alimentos à população norte coreana.

Já a Venezuela passa por uma crise de escassez gerada pelos anos de socialismo bolivariano com Hugo Chavez no poder e agora seu substituto Nicolás Maduro. A situação vai do dramático ao ridículo, da falta de itens básicos como papel higiênico (que gerou piadas diversas na internet) até atitudes malucas de Maduro como criar o Ministério da Suprema Felicidade do Povo e Antecipar o Natal (com quem dinheiro eles comprarão presentes?). Não dá nem para as crianças enviarem cartinhas ao Papai Noel, pois qualquer papel por lá virou artigo de luxo.

Na contramão disso tudo, os países com maior liberdade econômica crescem e melhoram seus índices (olhe na tabela) anualmente. A abertura econômica e a pouca (ou nenhuma) interferência no mercado permitiu a esses países se desenvolverem economicamente e socialmente. Diferente do que os socialistas acreditam (e pregam) a iniciativa privada é capaz de suprir todas as necessidades da população melhor e com custos menores do que o Estado, promovendo também o desenvolvimento social sustentável. Isso fica provado na comparação simples entre países socialistas e capitalistas.

A livre concorrência baixa preços e aumenta a qualidade de produtos e serviços, investindo principalmente na qualificação de sua mão de obra, logo, valorizando o trabalhador. Quanto mais valorizado o trabalhador, maior o retorno financeiro deste e mais capacidade de consumo (poder aquisitivo), logo, cresce a economia e inicia-se um ciclo positivo com mais investimento, mais valorização, mais poder aquisitivo, mais crescimento econômico e assim por diante. Claro que em algum momento deve-se encontrar determinada estabilidade e o crescimento tende a ser menor, porém continuará constante no longo prazo. Em caso de desaceleração, o próprio mercado trata de agir na reconstrução de um ambiente favorável.

Já nos países socialistas/comunistas o Estado; que é mau prestador de serviços, controla o mercado e sufoca a livre iniciativa através de regulamentações e carga tributária agressiva, criando reservas de mercado, monopólios estatais e de empresas privadas parceiras, esmagando a concorrência e produzindo um ambiente sem competitividade. Se as empresas não precisam competir para garantir o lucro, os produtos e serviços tendem a ser mais caros e de qualidade inferior. O resultado é o que podemos verificar na tabela lá em cima: economias defasadas, índices de desenvolvimento e renda baixos e expectativa de vida menor, devido a escassez de produtos básicos de alimentação, limpeza e higiene (por exemplo) e péssimas condições estruturais (principalmente na saúde).

Enquanto no capitalismo o que você lucra é seu e você só assume os prejuízos que adquirir no desenvolvimento de sua atividade, no socialismo o lucro é todo do Estado e o prejuízo, esse sim, é socializado.

*JORNALISTA

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