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Fantasia Igualitária

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JOÃO LUIZ MAUAD*

“Vamos mostrar que o PT não  tem o monopólio da luta pela igualdade” –  Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP).

Sei que o meu colega Bernardo Santoro já tratou do assunto com o brilhantismo costumeiro, mas acho que o tema merece um “pitaco” a mais, pois essa baboseira está na raiz de muitos dos nossos problemas.

Embora nem eles mesmos acreditem muito nisso, o igualitarismo talvez seja a principal arma retórica da esquerda.  De acordo com a máxima progressista, é preciso extirpar as desigualdades do mundo se quisermos alcançar o ideal platônico de “justiça social”.  Para os igualitários, as qualidades e características dos indivíduos seriam o resultado arbitrário e opressivo de alguma espécie de loteria biológica.  Uma herança genética maldita da qual deveríamos nos livrar.

A acepção de igualdade a qual nos referimos, nunca é demais destacar, não guarda qualquer semelhança, ou vínculo, com o ideal de igualdade de todos perante a lei, defendido pelos liberais.  O chamado igualitarismo pretende nivelar os atributos pessoais e as virtudes, independentemente das escolhas individuais, do caráter e do trabalho.  Como qualquer ideologia utópica, ela não se impressiona com evidências científicas ou sociológicas.  Fatos e realidade são desprezados de forma peremptória em prol da causa.

Os igualitários não enxergam, ou fazem vista grossa, para verdades óbvias e insofismáveis, como a de que duas pessoas reagem de forma distinta diante das mesmas circunstâncias.  Não admitem que cada ação, reação ou escolha humana está atrelada a uma vasta combinação de elementos determinantes, como idade, educação, hormônios, aptidão intelectual, talentos, gostos, fisiologia, prioridades, ambições, além de uma infinidade de outros fatores, genéticos ou vinculados ao meio social.

No esporte, assim como na vida, ninguém gosta de “juiz ladrão”, certo?  Errado!  A turma do igualitarismo – e esta talvez seja a conseqüência mais nefasta dessa ideologia -adora manipular os resultados, mexer nas regras do jogo.  Eles sabem que jamais obterão resultados equivalentes quando os indivíduos estão sujeitos às mesmas regras.  Estão perfeitamente cientes de que, quando prevalece a verdadeira justiça – igualdade de todos perante a lei -, não há espaço para se pensar em igualdade de resultados.

Mas a lógica não costuma acompanhar as teses socialistas, muito mais preocupadas com a retórica do que com qualquer outra coisa.  Quiçá num universo paralelo o igualitarismo pudesse fazer algum sentido, mas neste em que vivemos não passa de sonho infantil cujos efeitos, quando transportados para o mundo real, são totalmente ineficazes, além de perversos.

Alguém já disse que Deus (ou a natureza, se preferir) não é socialista.  De fato, Ele distribuiu beleza, músculos, inteligência, talento, perseverança, simpatia pessoal e um monte de outros atributos de forma absolutamente desigual, o que transformou cada ser humano num espécime único.

Essas diferenças, longe de representarem um problema, são, na realidade, uma benção. Já imaginaram como seria a divisão do trabalho se todos tivessem as mesmas aptidões?  Provavelmente ainda viveríamos dentro de cavernas, caçando animais e coletando frutos para sobreviver. Daí porque, não tenho dúvida, as fantasias igualitárias carregam certo grau de demência, e deveriam ser tratadas como doença psiquiátrica, não como assunto sério.

*ADMINISTRADOR DE EMPRESAS E DIRETOR DO INSTITUTO LIBERAL

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