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Levy, BNDES e o “Bolsonaro paz e amor” que não pode existir

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Proliferam-se os que dizem: “Bolsonaro tem que ter discurso de estadista para unir o Brasil”. Há que se esclarecer: em termos.

O presidente da República tem que respeitar os direitos e liberdades dos indivíduos, garantidos pela Constituição. Tem que respeitar suas liberdades de opinião e expressão. É nesse sentido que tal apelo pode ser louvado e entendido. Porém, sinceramente, alguns analistas estão fora da realidade.

Chegaram ao cúmulo de alegar que Bolsonaro será responsável pela manutenção de uma fratura perigosa no país porque tem exibido livros de teor anticomunista sobre a mesa nas já cotidianas transmissões ao vivo que faz pelo Facebook. Querem nos dizer, esses ponderadíssimos senhores, que para que o país seja “pacificado”, temos que respeitar o comunismo? Precisamos de um “Bolsonaro paz e amor”?

Nota-se que é apenas a direita que tem que ser “boazinha” com o comunismo para haver “paz nacional” – frise-se, a velha ideia de que a polarização é, em si mesma, ruim, quando não existe outra maneira de deixar para trás um edifício de mentiras senão combatendo-o com firmeza.

Quem elegeu Bolsonaro não o elegeu para que assuma discursos protocolares e finja que nada aconteceu, que a história de podridão e degradação descortinada nos últimos anos não existiu. Os líderes do PT são criminosos. Eles devem ir para a cadeia, não ser alvos de um artificial “esforço de congraçamento”.

Para atingir esse propósito, é preciso trabalhar com a verdade. Participemos do jogo democrático, respeitemos a lei, concedamos o que tem que ser concedido, mas continuemos a dizer, com todas as letras devidas, que o comunismo é uma ideologia hedionda e que o lulopetismo desgraçou o país.

Dizer e agir a contento. Esse equilíbrio pode ser avaliado a partir do caso de Joaquim Levy, ex-ministro de Dilma que, ligado à Escola de Chicago, foi indicado por Paulo Guedes para presidir o BNDES no governo Bolsonaro. Pode ser desagradável que o ministro tenha no seu histórico serviços prestados a governos tão lamentáveis, mas trata-se de um técnico que teve limitadas as suas possibilidades de ação pelas circunstâncias políticas e pode somar aos propósitos de Guedes. Não é recomendável adotar tamanho nível de intransigência a ponto de já se cercar de prevenções apenas por sua indicação. Entender que técnicos prestam serviço a governos diferentes e podem ser úteis agora já é entender como funciona o jogo democrático.

Por outro lado, uma das condições para Levy ocupar seu cargo deve ser cumprir uma das melhores promessas de Bolsonaro e fazer o que o “liberal raiz, autor de livro liberal” Paulo Rabello de Castro não fez quando presidiu a instituição: desnudar, “jogar no ventilador”, todos os malabarismos ilegais e brincadeiras de mau gosto que foram feitos com os recursos do banco para, por exemplo, ajudar os regimes bolivarianos “camaradas” do petismo e do Foro de São Paulo, bem como beneficiar empresários igualmente “camaradas”. É preciso investigar e expor aos quatro ventos tudo que for descoberto.

Isso já é entender por que Bolsonaro foi eleito e agir de acordo com essa consciência; simples assim.

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Lucas Berlanza

Lucas Berlanza

Jornalista formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), colunista e presidente do Instituto Liberal, membro refundador da Sociedade Tocqueville, sócio honorário do Instituto Libercracia, fundador e ex-editor do site Boletim da Liberdade e autor, co-autor e/ou organizador de 10 livros.

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