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“Império do Mal” lucra com a estupidez econômica chavista

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JOÃO LUIZ MAUAD *

A história econômica da humanidade é repleta de ironias.  Quem diria, por exemplo, que a bancarrota da Venezuela, operada por Chávez et caterva e seu socialismo do século XXI, iria trazer muitos lucros justamente para os “malditos imperialistas yankees”.  Este é o tema de uma reportagem no Wall Street Journal (WSJ) de ontem, reproduzida pelo grande diplomata liberal Paulo Roberto Almeida, em seu excelente blog “Diplomatizzando”.  Eis o resumo:

É um legado paradoxal da revolução socialista de Chávez que suas políticas tenham se tornado uma máquina de fazer dinheiro para o sistema capitalista que deplorava. Durante seus 14 anos no poder, ele nacionalizou propriedades agrícolas, redistribuiu terras e impôs controles de preços de alimentos como parte de uma estratégia para ajudar os pobres.

Mas essas políticas fizeram a Venezuela passar de exportador líquido para importador líquido do arroz produzido por agricultores como Orlicek. “A indústria de arroz tem sido muito boa para nós”, diz Orlicek, em sua casa recém-reformada, que tem até um piano de cauda.

Não se trata apenas de arroz. A produção de aço, açúcar e muitos outros bens foi drasticamente reduzida na Venezuela, levando a crises ocasionais de escassez. Até recentemente, a Venezuela era praticamente autossuficiente na produção de carne e café. Agora ela importa ambos.

No primeiro semestre, os EUA exportaram US$ 94 milhões de arroz para a Venezuela, um salto de 62% ante o mesmo período de 2012, tornando o país o quarto maior mercado para o arroz americano, de acordo com o Departamento de Agricultura dos EUA.

[…]

No geral, as importações da Venezuela quadruplicaram desde que Chávez assumiu o poder, de US$ 14,5 bilhões em 1999 para US$ 59,3 bilhões em 2012, segundo o governo venezuelano e economistas do Barclays PLC. As exportações dos EUA para a Venezuela atingiram US$ 12 bilhões em 2011, 16% acima do volume do ano anterior, mostram os dados mais recentes divulgados pelo governo americano.

[…]

A dependência da Venezuela dos bens importados será uma grande dor de cabeça para o presidente Nicolás Maduro, o sucessor de Chávez. Os cofres do Estado estão no limite. O déficit orçamentário chegou a 12% do PIB em 2012, segundo analistas, proporção maior que a de economias em crise da zona do euro, como a Grécia ou a Espanha. A inflação subiu para uma taxa anualizada de 42,6% em julho.

[…]

O petróleo, o único produto de exportação forte que a Venezuela tem, responde por cerca de metade da receita do governo. Se o preço do petróleo cair dos atuais US$ 105 para US$ 90 o barril por um ano, o governo teria de reduzir as importações, diz David Rees, especialista em mercados emergentes da Capital Economics, em Londres. “Isso teria consequências terríveis em relação a tudo, especialmente alimentos.”

* ADMINISTRADOR DE EMPRESAS

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