Honduras vai criar cidades-modelo com economia de mercado
MARY ANASTASIA O’GRADY*
O Congresso hondurenho deverá aprovar em breve uma emenda constitucional que abrirá o caminho para a criação de “cidades-modelo” baseadas nos princípios da economia de mercado.
A idéia é simples:
- Um bom pedaço de terra despovoada do governo é designado para uso como cidade-modelo.
- Será redigido um estatuto que irá reger a cidade e será levado ao Congresso para aprovação.
- A autoridade encarregada do desenvolvimento da cidade será nomeada pelo governo federal.
- A autoridade assinará contratos com investidores que desenvolverão a infraestrutura.
- A cidade se abrirá para as empresas sob regras que atrairão investimento.
Pode dar certo? Os críticos – que curiosamente parecem ser “especialistas” em planejamento ou desenvolvimento que, em sua maioria, fracassaram – dizem que é pouco provável porque, afinal, isso é Honduras. Mas o principal arquiteto do plano, Octavio Sánchez, de 35 anos, não se intimida.
- Ele ressalta que tanto o Japão quanto o Chile eram tidos como culturalmente incapazes de se desenvolver.
- Argumenta também que a história está do lado de Honduras: sistemas legais distintos dentro das cidades geraram prosperidade incalculável, com experiências que remontam ao século XIV na Liga Hanseática do norte da Europa e, mais recentemente, em lugares como a cidade chinesa de Shenzhen.
Texto na íntegra: “Honduras’s Experiment with Free-Market Cities”, Wall Street Journal, February 14, 2011.
* Editora do Wall Street Journal (WSJ) e membro do Wall Street Journal Editorial Board desde 2005. Escreve, principalmente, sobre a América Latina e é co-editora do Index of Economic Freedom.
Texto condensado pelo National Center for Policy Analysis – NCPA, organização com base em Dallas, Texas, EUA, voltada para o estudo de problemas econômico-sociais e a busca de soluções que ofereçam alternativas privadas e de economia de mercado para a regulamentação e o controle do governo. Não tem fins lucrativos nem vínculo político-partidário.
Fonte da imagem: Wikipédia
TRADUÇÃO: LIGIA FILGUEIRAS