O dia 18 de julho na história
Em um 18 de julho, Adolf Hitler (1889-1945) teve publicado seu livro “Mein Kampf”, resenhado em meu
“Guia Bibliográfico da Nova Direita – 50 livros para compreender o fenômeno”, LVM Editora, na seção de adversários e inimigos. Seguem trechos:
“Ver Hitler desnudando sua alma torta para o leitor de ontem e de hoje provoca várias reações naturais e nos deixa intrigados com muitas questões. A primeira delas é o quanto parece inusitado que o conteúdo do Mein Kampf tenha sido subestimado nos anos que antecederam a Segunda Guerra Mundial. O livro estampa, entre pregações insanas e excertos autobiográficos, todas as linhas gerais do programa que seria implementado quando, a partir de 1933, a doutrina de Hitler se tornou o fundamento político do Estado alemão. Nem mesmo o apelo do nazismo à retórica e à oratória escapa; Hitler deixa claro em seu livro que “se conquistam adeptos menos pela palavra escrita do que pela palavra falada e que, neste mundo, as grandes causas devem seu desenvolvimento não aos grandes escritores, mas aos grandes oradores”. (…)
A teoria de Hitler se baseia na vivência do regime social-democrata alemão de Weimar, com suas bandeiras sociais e assistencialistas, atuando num sistema parlamentar. Uma burguesia desvitalizada, dentro desse sistema, convivia com seu esquerdismo vacilante e com o comunismo radical. Nesse ambiente, Hitler enxergava a ineficiência em todos os lados do espectro político. (…) O capital internacional, subvertendo a soberania nacional, era um grande inimigo. Hitler resume que “só há uma doutrina a ser seguida: Nação e Pátria. O motivo pelo qual nós temos que lutar tem de ser a segurança da existência e o crescimento da nossa raça e da nossa nação, a nutrição de seus filhos e a pureza de seu sangue, a liberdade e a independência da Pátria, e para que a nossa nação seja capaz de amadurecer para o cumprimento da missão que lhe foi confiada pelo nosso Criador universal”. Exaltando o nacionalismo estatizante de Bismarck, estadista unificador da Alemanha, e sua política da força, Hitler acreditava piamente que a social-democracia, o liberalismo e o comunismo eram penetrações culturais que desgraçavam a Alemanha.” (p. 234-235)