Imaginem o que o Ministério Público do Trabalho e a Justiça do Trabalho diriam se o Governo Brasileiro tivesse assinado um acordo com o Governo de Taiwan que permitisse ao Governo Brasileiro firmar contrato de aluguel de mão de obra com uma empresa Taiwanesa para, digamos, fábricas de roupas, onde o Governo pagasse à empresa o equivalente a um salário mínimo profissional da indústria do vestuário e a empresa repassasse aos trabalhadores somente uma fração daquele montante. Mais, que os trabalhadores fossem obrigados a viver em alojamentos dos quais eles não pudessem sair sem permissão dos feitores, digo, gerentes representantes da empresa estrangeira? Certamente, nossos doutos promotores e juízes do trabalho, além, é claro, dos diligentes fiscais do Ministério do Trabalho, já teriam acabado com essa exploração, verdadeiro tráfico de escravos, contrário às nossas leis trabalhistas em particular e aos direitos humanos em geral!

Agora, porque uma situação análoga, onde o Governo Brasileiro assinou um acordo com a Ditadura Cubana, onde assim chamados “médicos” Cubanos são enviados ao Brasil pode? Vamos deixar clara minha posição quanto à ideia de abrir o mercado de trabalho no Brasil para profissionais com formação no exterior: – eu entendo que a qualquer pessoa, formada em qualquer lugar do mundo deveria ser permitido viver e trabalhar no Brasil e ter seu diploma reconhecido mediante um processo objetivo, simples e rápido. E isso se aplica, obviamente, a qualquer indivíduo que os ditadores Cubanos permitissem sair da sua ilha prisão. Porém, uma coisa é o Governo Brasileiro assinar um contrato de trabalho com uma pessoa de origem Cubana, outra coisa, muito diferente é assinar um contrato com uma entidade subordinada a um governo estrangeiro para que esse governo envie seus agentes para trabalhar no Brasil. O que diriam nossos amigos na esquerda se o governo tivesse assinado um convênio com o Governo Americano para que o mesmo enviasse Fuzileiros Navais para fazer a segurança digamos da Copa do Mundo? Isso não seria considerado um ato de lesa-pátria, um ataque a nossa soberania? Porque então um tratado com Cuba pode? Quando em anos passados, eu escutava falar de “médicos” Cubanos serem “arrendados” pelos Irmãos Castro para trabalhar na Venezuela em troca de petróleo, eu imaginava que uma coisa dessas jamais aconteceria no Brasil. Que aqui, o grau de separação de poderes e maturidade das nossas instituições jamais permitira que um partido no poder, qualquer partido no poder, pudesse utilizar dinheiro do Tesouro Nacional para contratar agentes de uma potência estrangeira para trabalhar no Brasil, não importa qual a justificativa, por mais legítima que essa fosse; e ainda mais em clara violação às leis trabalhistas e aos direitos humanos.  Eu não me considero capaz, muitas vezes, de saber minhas próprias motivações, não tenho a pretensão, muito menos, de saber o que se passa no coração ou na cabeça dos agentes públicos que estão promovendo essa aberração contra o Estado de Direito. Não importam suas intenções, o que importa é o resultado das suas ações. A começar pelos fiscais do Ministério do Trabalho, passando pelo Ministério Público do Trabalho, a Justiça do Trabalho, o Congresso Nacional, o Procurador Geral da União e terminando com a Sra. Dilma Roussef, a permanência em vigor desses acordos com a Ditadura Cubana para o aluguel de mão de obra ao Governo Brasileiro em quaisquer condições que não seja a voluntária e isonômica contratação direta de indivíduos para a prestação desses serviços põe em risco o respeito às leis e ao ordenamento Constitucional no Brasil e os mesmos devem cessar imediatamente, sob risco de descobrirmos que estamos, afinal, vivendo em um regime que não é diferente do regime da Venezuela, da Nicarágua ou da Bolívia.