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Uma sociedade sem proteção

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correntecamaraOntem eu tive uma experiência única na minha vida. Segue o relato que postei no facebook, com atualização de data:

“Cheguei tarde ontem no IL por conta de um compromisso, às 13 horas. Fui ligar o computador e ele estava queimado. Esbravejei contra meu “azar” e voltei para trabalhar em casa. 

Vinte minutos depois de eu ter chegado, tentaram arrombar a porta dos fundos da minha casa. Meu enteado veio correndo me avisar e eu fui pra porta da frente que estava aberta. Dei de cara com um rapaz de 13 anos e corri atrás dele. Fui pegá-lo já com ele tentando fugir pro vizinho e ele desistiu.

Liguei pra polícia e eles chegaram UMA HORA E MEIA DEPOIS. Falaram que não podiam fazer nada e sugeriram que eu soltasse o garoto. Eu ainda perguntei se não era para levar para a Vara de Infância. Eles disseram que se eu quisesse eles levavam, mas se ele nem chegou a furtar, não iria acontecer nada, e não valia a pena eu perder meu tempo.

O garoto foi então liberado, depois de receber um pito (sim, os policiais apenas deram um sermão).

O problema todo é que na minha casa estava minha empregada de 45 kg, meu enteado de 11 anos (garoto bobo vindo do interior) e meu filho de 1 ano e 9 meses. O que teria acontecido se eles estivessem sozinhos?”

Não me surpreende o atual estado de coisas em relação à segurança pública no país. As famílias estão destruídas, o Estado construiu um sistema de depredação moral e o sistema judicial e policial não tem resposta para coisas simples, como ter um sistema corretivo e uma assistência social bem estruturada. E esse Estado que não faz o básico do básico, que é a segurança (motivo pelo qual o Estado foi criado, ou pelo menos justificado), se arvora no direito de gerir educação, saúde, transporte, infra-estrutura, meio-ambiente, mercado de bens e serviços, regulação trabalhista, energia, e todo o resto.

O cidadão comum está sem proteção e, acuado, pratica barbáries como o que tem acontecido no Rio de Janeiro recentemente (tais eventos não são justificáveis, mas são explicáveis pelo abandono da sociedade). Se outra pessoa, que não eu, tivesse subjugado o menor em questão, ele poderia ter sofrido sérios danos físicos. E se eu não estivesse em casa na hora, poderiam ter sido meus filhos a sofrerem danos.

Nessa guerra a sociedade está desprotegida daquele que quer tomar sua propriedade e lhe causar dano físico, seja o agente danoso público (o governo) ou privado (criminosos em geral)

 

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Bernardo Santoro

Bernardo Santoro

Mestre em Teoria e Filosofia do Direito (UERJ), Mestrando em Economia (Universidad Francisco Marroquín) e Pós-Graduado em Economia (UERJ). Professor de Economia Política das Faculdades de Direito da UERJ e da UFRJ. Advogado e Diretor-Executivo do Instituto Liberal.

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