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A fraude da lucratividade da Petrobras

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Dilma e capacete Petrobras. Imagem blog Feijoada Política.Os principais jornais do país destacam hoje que a Petrobras teria lucrado no terceiro trimestre deste ano um lucro de 3 bilhões de reais, e que no final do ano teria um lucro consolidado de mais de 15 bilhões de reais, de onde sairá o dinheiro a remunerar com dividendos os acionistas, sendo o principal deles o Estado brasileiro.

O único problema é que isso é mentira e que a Petrobras não gera lucros! Na contabilidade da empresa resta ignorado o custo do refinanciamento da dívida e de novos empréstimos, literalmente ignorando o fato de que, para ser superavitário, ou seja, lucrativo, é necessário que a empresa arrecade mais do que gasta depois de efetivamente averiguada todas as despesas, inclusive a de serviço da dívida.

O resultado é uma empresa que levanta um suposto lucro de 15 bilhões de reais neste ano, a ser entregue via dividendos para o Governo, enquanto a empresa afunda em dívidas, tendo acrescido 70 bilhões de reais em prejuízos em 2013 e, ao que se fala, mais de 100 bilhões de reais de prejuízo só em 2014.

Esse mecanismo, diga-se, é muito parecido com o que o próprio Governo faz com as contas públicas, onde não se vê um superávit nominal (verdadeiro) há décadas e onde sequer superávit primário (aquele que ignora custos da dívida) é atingido.

Nesse caos orçamentário em que a Petrobras se meteu, onde a auditora PwC se recusa a aprovar o balanço da empresa e o Governo dos EUA ameaçam fazer uma investigação criminal contra os diretores, pelo menos um grupo de pessoas continuam tendo eterno superávit e lucro nas suas contas pessoais: os políticos ligados ao Governo do PT.

 

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Bernardo Santoro

Bernardo Santoro

Mestre em Teoria e Filosofia do Direito (UERJ), Mestrando em Economia (Universidad Francisco Marroquín) e Pós-Graduado em Economia (UERJ). Professor de Economia Política das Faculdades de Direito da UERJ e da UFRJ. Advogado e Diretor-Executivo do Instituto Liberal.

4 comentários em “A fraude da lucratividade da Petrobras

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    14/11/2014 em 7:51 pm
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    Fernando, para os funcionários, a Petrobras vai bem, obrigado!
    Além do dissídio, Dona Dilma mandou dar mais 10% de aumento e um salário de bônus às vésperas do primeiro turno, em pleno Petrolão…
    Não espere reclamações deles, pois O PETRÓLEO É DELES, NÃO NOSSO!

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    14/11/2014 em 10:16 am
    Permalink

    – uma questão que não tem tido resposta é a omissão da poderosa representação sindical dos petroleiros, em especial a Associação dos Engenheiros da Petrobras. diante da humilhante sucessão de escândalos, prisões, delações premiadas, obras superfaturadas, descumprimento de prazos de obras de ampliação da capacidade industrial da empresa, o inexplicável fracasso da exploração nas áreas das grandes reservas do pé sal, que estão nas águas profundas, não se ouve um discurso, não se vê uma notícia, uma só, por parte das representações dos empregados da empresa, que já foi orgulho nacional, principalmente orgulho deles. o espírito de corpo da empresa, perdido nos sucessivos assaltos praticados pela administração lulopetista, certamente não será recuperado. e a cegueira argentária dos exploradores que se apossaram da empresa, não permite que manifestem o menor interesse em recuperar a motivação dos empregados da petrobras,

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    13/11/2014 em 7:10 pm
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    Revisitando Roberto Campos encontrei a definição real da Petrobrás em um raciocínio claro e indicativo: “A diferença entre a empresa privada e a empresa pública é que aquela é controlada pelo governo, e esta por ninguém”. Trata-se, portanto, da concentração de poderes nas mãos do Presidente da República e sua equipe. Uma realidade política absolutamente contrária ao conteúdo liberal que baseia a democracia que queremos para esse país. Essa realidade tem semelhança simbólica com o pântano no odor, infectante e aparentemente incontrolável.

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