Efeito Cristina
ARTHUR CHAGAS DINIZ*
As pretensões da presidente Cristina Kirchner eram, ou ainda são, até agora, transparentes para a opinião pública. Ela pretendia mudar a Constituição argentina, permitindo seguidas reeleições, não se limitando a dois mandatos.
Na América Latina, a pretensão é extremamente perigosa, dado o elevado grau de interferência que os governos federais têm na gestão da coisa pública. Com contingentes de gente despreparada e despolitizada, programas “populescos” serviriam de plataformas para sucessivas eleições, não permitindo a eleição, sempre saudável, de alternativas de gestão.
Agora, aliados de Cristina já admitem o fim do plano de reeleições sucessivas. Embora saudosos dos tempos de Perón e Evita, os argentinos preferem a rotatividade de governo como melhor processo para a condução do País.
* VICE-PRESIDENTE DO INSTITUTO LIBERAL
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