A volta do “apagão” e o desempenho eleitoral
Em 2001, o governo Fernando Henrique Cardoso sofreu uma crise energética terrível que expôs a fraqueza da matriz energética na época.
A crise, que ocorreu aos 43 minutos do segundo tempo do mandato, simplesmente apagou todo o legado positivo de FHC da memória nacional por anos.
Eleito duas vezes em primeiro turno de maneira avassaladora? Passado. Estabilidade monetária? Passado. Proteção social? Passado. Tudo isso foi simplesmente esquecido e a crise se tornou a pedra do sapato no quesito criar sucessor e FHC não fez o seu. É possível afirmar que a crise energética foi a responsável pelo péssimo desempenho eleitoral de 2002.
Segundo especialistas, a falta de chuvas e o baixo investimento poderão provocar uma nova crise entre outubro e novembro no Brasil, com agravantes ainda piores, já que não há boa economia, não há estabilidade, há uma crise sanitária e principalmente não há trunfo algum para um governo que não conseguiu cumprir grande parte das promessas feitas na última eleição.
A prova de fogo real para a lealdade do Centrão começará dentro de alguns meses, e, se o apagão pegar o Brasil, não se verá um produto eleitoral atrativo para ninguém que se atrelar ao governo atual, que será responsabilizado pela “volta do apagão”.
* Artigo Publicado Originalmente na página Liberalismo Brazuca no Facebook.