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Dilma fugiu de William Waack

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Sabendo que não teria condições de encarar a melhor artilharia política do jornalismo televisivo nacional, a candidata Dilma Rousseff fugiu da entrevista no Jornal da Globo (marcada para a madrugada do dia 03/09/2014).

William Waack e Christiane Pelajo – certamente – teriam deixado a “candidata-presidente” em maus lençóis. Mas, para não deixar que a fuga fosse total, o âncora e sua colega apresentaram aos telespectadores uma lista de perguntas contundentes que seriam feitas durante a entrevista. Vale a pena conferir:

“1. Os últimos índices oficiais de crescimento indicam que o país entrou em recessão técnica. A senhora ainda insiste em culpar a crise internacional, mesmo diante do fato de que muitos países comparáveis ao nosso estão crescendo mais?

2. A senhora continuará a represar os preços da gasolina e do diesel artificialmente, para segurar a inflação, com prejuízo para a Petrobras?

3. A forma como é feita a contabilidade dos gastos públicos no Brasil no seu governo tem sido criticada por economistas, dentro e fora do país, e apontada como fator de quebra de confiança. Como a senhora responde a isso?

4. A senhora prometeu investir R$ 34 bilhões em saneamento básico e abastecimento de água até o fim do mandato. No fim do ano passado, tinha investido menos da metade, segundo o Ministério das Cidades. O que deu errado?

5. Em 2002, o então candidato Lula prometeu erradicar o analfabetismo, mas não conseguiu. Em 2010, foi a vez da senhora, em campanha, fazer a mesma promessa. Mas foi durante o seu mandato que o índice aumentou pela primeira vez, depois de 15 anos. Por quê?

6. A senhora considera correto dar dentes postiços para uma cidadã pobre um pouco antes de ser feita com ela uma gravação do seu programa eleitoral de televisão?”

São questionamentos sérios, e, sem sombra de dúvidas, deixariam Dilma desequilibrada. Sublinhe-se que Waack não tem papas na língua. É um dos entrevistadores mais incisivos que temos, capaz de devastar qualquer afirmativa ilógica ou sem fundamento.

Mas, como reza o dito popular, quem cala consente. A negativa de participar da entrevista demonstra que a “candidata-presidente” não quer se expor, ou, pior, acredita que o povo não merece ouvir suas explicações.

Aliás, depois da entrevista de William Bonner (no Jornal Nacional) e de duas rodadas mornas de debates (na BAND e no SBT), a “candidata-presidente” dá sinais de fadiga. Seria sintomático, se não fosse indicativo, que, em dado momento no debate do SBT, Dilma tenha admitido: “É o nervosismo do debate, Nascimento”.

Enfim, a candidata à reeleição não consegue debater, explicar ou seduzir. Seus votos, portanto, vêm apenas de uma base fiel do petismo. Ela não tem o “jogo de cintura” e o carisma de seu antecessor. Não consegue, sequer, esconder sua dureza, frieza e autoritarismo.

Detesta ser contrariada, e, justamente por isso, não consegue participar de entrevistas e debates. Marina Silva está deitando e rolando, e, enquanto isso, o candidato Tucano não dispara nenhum ataque contundente. Corre o risco, infelizmente, de perder as eleições sem levantar o tom de voz. Assim não dá! É cansativo viver em um país no qual se escolhe sempre o pior, apesar de alternativas melhores.

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Leonardo Correa

Leonardo Correa

Advogado e LLM pela University of Pennsylvania, articulista no Instituto Liberal.

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