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As desgraças do intervencionismo no Brasil

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Participantes do Colóquio em Bento Gonçalves, RS e as parreiras da Vinícola Miolo
Participantes do Colóquio em Bento Gonçalves, RS e as parreiras da Vinícola Miolo

Realizou-se em Bento Gonçalves, Rio Grande do Sul, de 28 de novembro a 1º de dezembro de 2013, o colóquio intitulado: “Interventionism in Nineteen-Century Brazil” .

 
O evento foi promovido pelo Liberty Fund sob a direção de Roberto Fendt Jr., (Centro Brasileiro de Relações Internacionais-CEBRI) e tendo como “Discussion Leader” o professor José Luiz Carvalho (Instituto Liberal do Rio de Janeiro e ex-assessor do Banco Nacional de Angola).
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O intervencionismo estatal é velho na história brasileira. Acompanhou, desde os primórdios, a saga da nossa sociedade na busca pela sua identidade e na elaboração das instituições que lhe permitiriam se firmar como Nação organizada no mundo moderno. Decorre esse caráter exagerado da intervenção estatal da índole patrimonialista que teve, desde o começo, o Estado.
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Não vimos a luz do dia como sociedade que se organizava de baixo para cima, à maneira daquelas comunidades de imigrantes que, na visão de Alexis de Tocqueville (1805-1859), pareciam “saídas das mãos de Deus” nos Estados Unidos da América e que constituíram, em perfeita sintonia com a defesa dos interesses dos cidadãos, as instituições políticas desse grande país.
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A nossa história, pautada pela experiência ibérica, foi bem diferente. Ao invés de ser organizado o Estado como fruto de um contrato social emergente de uma sociedade com grupos bem diferenciados em classes sociais que lutavam pela posse do poder, o que se viu foi, como frisa Max Weber, em Economia e Sociedade, o fortalecimento progressivo de uma autoridade patriarcal original, que alargou a sua dominação doméstica sobre territórios, pessoas e coisas extrapatrimoniais, passando a administra-lo tudo como propriedade familiar. É esse o nosso “pecado original”, a presidir de forma insidiosa a nossa caminhada ao longo dos séculos.
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Isso explica, na atual quadra das nossas desgraças, a dívida pública incontrolável, amassada por dedicados funcionários patrimonialistas para fazer crescer ainda mais o Leviatã orçamentívoro. Tudo foi devorado pela avalanche do gasto público descontrolado: qualidade de vida, expectativas, projetos e esperanças. Os juros, na história econômica do Brasil, são incomensuráveis, porque incomensurável é o apetite do Leviatã.
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O mal não é apenas nosso. É comum aos povos latino-americanos.
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N.E: Leia o artigo na íntegra em: As desgraças do intervencionismo no Brasil
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E acompanhe:
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1 – Desgraças de um empresário brasileiro, o barão de Mauá, num Império patrimonialista.
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2 – O conceito de patrimonialismo.
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3 – Patrimonialismo e economia no século XIX e na atual quadra do populismo desenvolvimentista.
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“A saga do Estado patrimonial, com a sua sequela de intervenções políticas no mercado, atrapalhou, definitivamente, o desenvolvimento do Brasil ao longo dos duzentos anos de sua história. Não se trata de uma questão de pessoas. É uma realidade estrutural: onde há Estado patrimonial há pobreza” __ RVR
 

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Ricardo Vélez-Rodríguez

Ricardo Vélez-Rodríguez

Membro da Academia Brasileira de Filosofia e do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, professor de Filosofia, aposentado pela Universidade Federal de Juiz de Fora e ex-Ministro da Educação.

Um comentário em “As desgraças do intervencionismo no Brasil

  • Avatar
    12/12/2013 em 10:15 am
    Permalink

    Rio de Janeiro, 12dez2013.
    Prezados amigos.
    O artigo sobre o intervencionismo no Brasil é muito esclarecedor sobre esta modalidade de política, adotada no Brasil pelos partidos políticos desde que nos tornamos república. Igualmente interessante é a bibliografia sugerida.
    É como se fosse possível ser meio escravo e meio livre, no que o Mises chama de “Terceira via”, tudo isto é claro feito de maneira subreptícia e em nome do povo.
    Muito obrigado ao Instituto Liberal do Rio de Janeiro por nos brindar com esta informação, pois sempre busco me informar com os liberais.
    Atenciosamente.
    Uilson de Jesus Carvalho.

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