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Brasil, o País das maravilhas

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Roberto Gomides*

helena-rainha-vermelhaQuando quase 60% dos eleitores optam por não votar no candidato da situação, não é necessário demonstrar que uma expressiva parcela da população brasileira deseja mudança.

No entanto, percebe-se que poucos sabem o significado de uma mudança verdadeira, parte disso se dá pela velocidade com a qual é exposto o verdadeiro caráter daqueles que estão no poder, e a proximidade dessas revelações com o período eleitoral, que acaba levando os desprevenidos a uma confusão mental.

Nesses momentos, faz bem lembrar um trecho, bem pertinente, de uma obra clássica de Lewis Carroll, Alice no país das maravilhas, nele Alice chega a uma encruzilhada, onde diversos caminhos, todos desconhecidos, são possíveis, então nossa protagonista é tomada pela dúvida sobre qual direção seguir, até o momento em que o gato de cheshire aparece e pergunta se pode pode ajudá-la, quando então eles travam, mais ou menos, o seguinte diálogo:

– Está precisando de ajuda, pergunta o Gato.

– Eu só gostaria de saber que caminho tomar, pergunta Alice.

– Isso depende do lugar onde quer chegar, diz o Gato.

– Não me importa, responde Alice.

– Então qualquer caminho irá servir, afirma o Gato.

Esse trecho ilustra, em poucas palavras, que ter opções de mudança, apesar de ser um avanço comparado a nossos vizinhos de continente, não basta, devemos saber onde queremos chegar, pois nenhuma nação logrou êxito duradouro por acidente, ou por um conjunto de decisões centrais que livrou seus cidadãos de qualquer percalço na trajetória para o sucesso, Assim como Portugal, que tropeçou em uma mina de ouro há 500 anos, e por uma série de decisões equivocadas de um Governo centralizador, enfrenta diversas dificuldades para alcançar o desenvolvimento pleno, o Brasil pode amargar as consequências de seu imediatismo e falta de visão, no futuro.

Como brilhantemente expõe o filósofo Olavo de Carvalho:

“Difícil é admitir que um problema tão geral deve ter causas também gerais, isto é, que não pertence àquela classe de obstáculos que podem ser removidos pela ação oficial, mas àquela outra que só nós mesmos, o povo, a “sociedade civil”, estamos à altura de enfrentar, não mediante mobilizações públicas de entusiasmo epidérmico, e sim mediante a convergência lenta e teimosa de milhões de ações anônimas, longe dos olhos turvos da nossa vã sociologia.”

Ou seja,  precisamos entender que o candidato A, ou B, não será o messias salvador de nosso país, resolvendo todos os problemas que existem, mas sim, será apenas um instrumento, por meio do qual, cada um de nós, a partir de nossas decisões individuais tomadas em nosso dia a dia, que farão, quem sabe, que em 20 ou 30 anos, estejamos próximos de onde outrora queríamos chegar como sociedade, União Soviética, Coreia do Norte, Cuba, Venezuela e mais recentemente a Argentina já se encarregam de nos provar que ignorar a individualidade só traz uma igualdade: A igualdade na miséria.

Essa constatação não justifica o tentador ceticismo ou a sedutora passividade que alguns demonstram em relação aos temas políticos, pelo contrário, nos força a aceitar que por menor que seja nossa representatividade em escala nacional, devemos fazer a nossa parte para construir a estrada da nossa trajetória. Nossa parte significa escolher as ferramentas que nos proverão a melhor condição para que possamos garantir nossa autonomia de obter o sucesso que desejamos como indivíduo.

Quando comparamos formas de governo, beira uma ingenuidade quase infantil esperar que alguém concentrando 40% da riqueza de uma nação possa ter todas as informações possíveis para alocar os seus recursos de uma forma mais eficiente que você, o indivíduo que por talento próprio gerou os recursos e sabe onde eles serão melhor aplicados.

Dessa forma, faço um convite a todos que levianamente tomam decisões apressadas, baseadas em opiniões de professores, ou para mera aprovação em seu círculo de amizade, que ousem, que leiam, que arrisquem, que fujam do politicamente correto e que sejam hostilizados pelos que se autodenominam detentores da verdade e usurpam a opinião pública, enfim, assumam a responsabilidade pela escolha do caminho que nos levará ao país das maravilhas que temos o potencial de ser.

Já aceitando meu próprio convite deixo uma contribuição:

Maiores Índices de Desenvolvimento Humano – IDH

São Caetano do Sul: Aécio 60,05% – Dilma 14,90%

Águas de São Pedro: Aécio 65,45% – Dilma 13,55%

Florianópolis: Aécio 48,50% – Dilma 22,28%

Balneário Camboriú: Aécio 60,0% – Dilma 18,15%

Vitória: Aécio 38,37% – Dilma 23,51%

Menores Índices de Desenvolvimento Humano – IDH

Melgaço: Dilma 59,89% – Aécio 31,57%

Fernando Falcão: Dilma 77,83% – Aécio 8,94%

Atalaia do Norte: Dilma 57,62% – Aécio 13,70%

Marajá do Sena: Dilma 82,57% – Aécio 9,56%

Chaves: Dilma 69,86% – Aécio 18,49%.

*Analista em Finanças Públicas, Pós-Graduado pela George Washington University e membro do Instituto Liberal.

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Um comentário em “Brasil, o País das maravilhas

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    16/10/2014 em 4:17 pm
    Permalink

    Ótimo texto

Fechado para comentários.

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