A sociopatia crônica do “melancia” baiano
BERNARDO SANTORO*
Fiquei estupefato com a notícia de que o vereador soteropolitano Marcell Morais, do Partido Verde, quer controlar o que as pessoas comem, vêem e consomem de forma geral. Ele quer abolir a venda de carne nas segundas, impedir empresas estrangeiras em Salvador, acabar com cantigas populares e obrigar os restaurantes japoneses a terem hastes de metal.
Questionado sobre a possibilidade das pessoas não gostarem de ter a sua liberdade tolhida por esse mentecapto, Marcell respondeu: “todo mundo aprova”.
E se não aprovar, é só multar ou botar o cidadão na cadeia, não é senhor ditadorzinho?
Em outra reportagem sobre esse senhor, ele se vangloria de ser um péssimo legislador, ao se gabar de ter apresentado 300 projetos na Câmara: “se são bons ou ruins eu não sei, só sei que tenho 300 projetos apresentados”, disse ele.
Com Marcell Morais como legislador, a frase “a vida, a liberdade e a propriedade do homem nunca estão seguros quando o congresso está em sessão” faz mais sentido que nunca, inclusive quanto às Câmaras Municipais. E ele confirma aquela velha máxima de que o movimento verde, na verdade, é melancia: verde por fora, vermelho por dentro.
E enquanto isso, o povo de Salvador vai tendo indigestão com essa melancia.
*DIRETOR DO INSTITUTO LIBERAL