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A preservação do meio-ambiente está na privatização

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BERNARDO SANTORO*

Em ótimo artigo da Folha, cientistas se surpreenderam com o fato de uma área da mata atlântica que é cuidada pela Votorantin estar em excelente estado de conservação e com muita biodiversidade. Já quem estuda o fenômeno da tragédia dos comuns sabe que a ordem natural das coisas é que áreas privadas estejam conservadas e áreas públicas destruídas.

Ainda segundo a reportagem, palmiteiros e caçadores têm mais dificuldade para entrar em áreas da empresa do que em parques estaduais, que não dispõem de vigilância eficaz. Qualquer um que tenta se aproximar das estradas que dão acesso às usinas a partir da BR-116 esbarra em portões com câmeras e seguranças que rondam o local periodicamente. Em áreas mais remotas da reserva, é mais difícil flagrar intrusos, mas a empresa está implementando agora monitoramento por satélite e poderá alertar a polícia inclusive em pontos de parques ao redor da região.

Essa é a lógica da gestão privada de bens. Quando um bem é possuído de maneira privada por um indivíduo, ele tende a cuidar desse bem com zelo, de forma que o valor econômico desse bem permaneça de maneira perene. Como o custo do uso desse bem é pago pelo dono, então o dono se esforça para usar com sustentabilidade.

Já quando um bem é possuído por todos, de maneira pública, a lógica é a inversa. Como o custo do uso desse bem é repartido por toda a sociedade, mas o benefício é repartido apenas por quem o utiliza de fato, ocorre um estímulo para que haja uma superutilização do bem sem o ônus do custo. O resultado é a degradação e a insustentabilidade da atividade econômica.

Se você quer salvar a natureza, a escolha racional a ser feita é a sua privatização. Não defenda a gestão das nossas matas por burocratas sórdidos. Eles lucrarão com a sua destruição e jogarão a conta para todos nós pagarmos.

Para aprofundamento na questão, recomendo fortemente o livro “Privatize Já”, de autoria do Presidente do IL, Rodrigo Constantino, especificamente o capítulo 21 (“Florestas que dão lucro”), além do livro Eco-Nomia, de Richard Stroup, à venda no site do Instituto Liberal.

Espero que esses biólogos, que já viram na prática como o modelo liberal funciona, possam se instruir e divulgar a verdadeira solução para preservação das florestas.

Por fim, não posso deixar de declarar que também sempre me surpreendo quando vejo uma floresta bem conservada… quando gerida pelo poder público.

*DIRETOR DO INSTITUTO LIBERAL

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