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A moralidade do lucro

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[THE MORALITY OF PROFIT]

ATLAS FOUNDATION*

[vídeo em inglês no link acima; abaixo, a tradução]

Será que os empresários bem sucedidos devem devolver à sociedade alguma coisa?

Bill e Melinda Gates, aparentemente, acham que sim. Eles se uniram a outras pessoas muito ricas numa campanha organizada pelo bilionário Warren Buffet com o objetivo de devolver suas riquezas à sociedade.

Se você devolve alguma coisa é porque antes você a tirou de alguém. Você não pode devolver aquilo que não tomou de alguém.

Portanto, será que Bill Gates tirou alguma coisa de outras pessoas? Será que todo o lucro que ele obteve com a distribuição de software a bilhões de pessoas foi tirado de alguém? Ou será que ele criou riqueza?

Algumas pessoas acham que o lucro é pecaminoso, imoral, obsceno e um meio de exploração. Alguns argumentam até que os empresários lucram às custas dos assalariados.

Karl Marx, por exemplo, via o lucro como exploração da “mais valia”, da qual os capitalistas se apropriavam, e prognosticou que:

“Se os salários caem, os lucros subirão. E se os salários sobem, os lucros cairão.” __ Karl Marx

Outros defendem o lucro e até argumentam que eles fazem brotar o que há de melhor em nós.

O empresário Hank Rearden, de ‘Atlas Shrugged’ [‘A revolta de Atlas’], obra de ficção de Ayn Rand, diz:

“Nós negociamos como iguais, por consentimento mútuo, para mútua vantagem, e eu tenho orgulho de cada centavo que ganhei dessa maneira.” __ Hank Rearden, ‘Atlas Shrugged’

Voltemos a Bill Gates.

Será que ele produziu algo de valor para os clientes ou só para ele mesmo e sua família?

Lembremo-nos de que se um cliente decide comprar alguma coisa é porque o quer comprar vale mais para o cliente do que aquilo de que ele ou ela abrem mão para obter aquele produto. Ou seja, o cliente também sai lucrando.

O lucro para uma empresa é o que sobra depois que se subtraem as despesas. As despesas são o dinheiro gasto com aluguel, juros e salários.

O prejuízo mostra que o valor do que é produzido é menor do que as despesas.

E os lucros mostram que o valor do que é produzido é maior do que as despesas.

Será que o Bill Gates criou valor? Ou simplesmente subtraiu valor das pessoas?

O fato de ele ter realizado lucro ao tornar o computador fácil de ser usado e acessível às pessoas nos diz que ele agregou valor. Na verdade, muito mais valor do que ele recebeu.

Assim, os processos de mercado guiados por lucro e prejuízo são racionais; mas serão morais?

E se for o caso do proprietário de uma fábrica que polui um rio e força as pessoas a se mudarem rio abaixo e arcar com alguns dos custos de sua produção? Não estará lucrando às custas dos outros?

Finalmente: e os lucros obtidos por meio de privilégios especiais concedidos pelo governo? Os contribuintes (“pagadores de impostos”) são forçados a desembolsar dinheiro para o benefício de interesses especiais.

E os consumidores pagam mais caro porque o governo os proibe de comprar de outros produtores que venderiam por menor preço.

Empresários favorecidos lucram por meio dos subsídios ou quando o governo exclui os concorrentes.

Os interesses especiais não estarão lucrando às custas dos outros? Com certeza.

Mas há uma diferença crucial entre lucros obtidos pela violação dos direitos de propriedade de terceiros por meio de roubo, poluição, ou favores especiais através dos subsídios, por um lado; e lucros obtidos voluntariamente através da troca, por outro lado.

Se uma transação é voluntária ou involuntária faz toda a diferença.

Quando as pessoas entram numa transação voluntária, todas esperam se beneficiar com ela. Mas uma transação involuntária beneficia alguns às custas de outros.

Bill Gates violou os direitos de alguém quando fundou a Microsoft e levou programas de computação a bilhões de pessoas?

Não, ele ofereceu algo de valor aos clientes e uma livre troca. E eles o recompensaram por isso toda vez que compravam produtos da Microsoft.

Lucros obtidos honestamente no mercado são morais. Eles procedem da moralidade e reforçam a moralidade.

A busca de lucro através da troca voluntária ensina as pessoas a terem civilidade. Nos encoraja a tentar imaginar como é ser outra pessoa e se indagar do que é que essa outra pessoa gostaria. Afinal, é a sua vontade de pagar por aquilo que produzimos que determina se o que fazemos dará lucro ou prejuízo.

Lucros que são obtidos honestamente através da troca voluntária agregam valor para o mundo. Eles nos ajudam a ver as coisas como outras pessoas as vêem. Canalizam o interesse pessoal para promover os projetos e interesses de outros como o melhor caminho de promover nossos próprios projetos e interesses.

E criam condições para que as pessoas sejam generosas – o que é a melhor descrição do que Bill e Melinda Gates estão fazendo.

* A Atlas Economic Research Foundation é uma organização sem fins lucrativos,que conecta uma rede global de mais de 400 organizações defensoras do livre mercado em mais de 80 países com as idéias e os recursos necessários para promover a causa da liberdade.

Fonte: AtlasNetwork.org/morality. YouTube

Tradução: LIGIA FILGUEIRAS

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