A mentira patológica
Caracterizadas como patológicas, mentiras que atendem a vaidades pessoais são repetitivas e normalmente de fácil identificação. Em outras palavras, a mentira dura sempre pouco. O primeiro exemplo que me vem à cabeça é o já conhecido curriculum vitae da Presidente da República. Ela acrescenta um título de um doutorado jamais concluído.
Este introito serve, pelo menos parcialmente, às óbvias distorções encontradas nas contas públicas que a Presidente apresentou ao TCU. O que há de novo na rejeição das contas públicas pelo TCU foi ter tornado explícita a responsabilização da Presidente Dilma como primeira mandatária do País. A ex-guerrilheira, em segundo mandato, terá enormes dificuldades para explicar as “pedaladas” – como se convencionou chamar o artifício de empurrar despesas realizadas para exercício futuro.
Acho que Dilma ainda tem um importante papel na política brasileira: basta renunciar. Ela poderá, inclusive, enriquecer sua biografia explicando que fez isto pelo bem do Brasil, ainda que isto não seja compatível com um governo petista.
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