O aumento de cargos públicos é sempre maior e mais rápido que o corte
BERNARDO SANTORO*
O Estadão noticia que o enxugamento administrativo prometido pelo Governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, ainda não aconteceu por vários motivos bastante estranhos, e que não sairá antes do carnaval.
Na criação de cargos vai tudo por decreto, rapidamente elaborado pelo governo e assinado pelo chefe do Poder Executivo. Já o corte de cargos vira “reforma administrativa”, vai para a Assembleia via projeto de lei e nunca é votado, por “existir outras prioridades”. Deputados perdem prazo de apresentação de relatório e nada acontece. Não há accountability ou responsabilização pelos erros.
O argumento final é que outros cortes são mais efetivos. Ora, um corte de gastos não substitui outro! Ambos são importantes para se ter respeito com o dinheiro do tributado.
Corte de gastos é prioridade para um Estado endividado e gastador como o brasileiro e não pode ser levado como brincadeira.
*DIRETOR DO INSTITUTO LIBERAL