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Estrangeiros acham muito caros os estádios da Copa

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BERNARDO SANTORO*

abertura-maracana-c[1]O Estadão noticia que, de acordo com uma pesquisa estrangeira, 10 dos 20 estádios mais caros do mundo são brasileiros. Vejamos alguns trechos:

Seja qual for o ranking utilizado e a comparação feita, a constatação é de que nunca se gastou tanto em estádios como no Brasil nesses últimos anos.

A KPMG, por exemplo, prefere avaliar os custos dos estádios levando em conta o número de assentos, e não o valor total. Isso porque, segundo os especialistas, não faria sentido comparar uma arena de 35 mil lugares com outra de 70 mil.

Com essa metodologia, os dados da KPMG revelam que o estádio mais caro do mundo é o renovado Wembley, na Inglaterra, onde cada um dos assentos saiu por € 10,1 mil (R$ 32,4 mil). O segundo estádio mais caro também fica em Londres. Trata-se do Emirates Stadium, do Arsenal, onde cada lugar custou € 7,2 mil (R$23,3 mil).

Mas a terceira posição é do Estádio Mané Garrincha, em Brasília. Com custo avaliado em R$ 1,43 bilhão, o estádio tem um gasto por assento de R$ 20,7 mil, ou € 6,2 mil.
Na classificação, o Maracanã aparece na sétima posição, mais caro que a Allianz Arena de Munique. Manaus vem na 10a colocação, com praticamente o mesmo preço por assento do estádio do Basel, situado em um dos países com os maiores custos de mão de obra do mundo, a Suíça.

O estádio do Corinthians, em Itaquera, seria o 12.0 mais caro do mundo, seguido pelas Arenas Pantanal, Pernambuco, Fonte Nova e Mineirão. Todos esses seriam mais caros do que estádios como o da Juventus, em Turim, considerada a arena mais moderna da Itália e usada como exemplo de gestão. O Castelão e o estádio de Natal também estão entre os 20 mais caros do mundo.

Se o ranking fosse realizado considerando os custos totais dos estádios, o Mané Garrincha seria o segundo mais caro do mundo, com o Maracanã aparecendo na quarta posição.

Para o prestigiado Instituto Braudel, na Europa, os custos dos estádios no Brasil também surpreenderam. Em colaboração com a ONG dinamarquesa Play the Game, a entidade publicou nesta semana levantamento que revela que, em média, cada assento nos doze estádios brasileiros custaria US$ 5,8 mil (R$13,5 mil).

O valor é superior ao das três últimas Copas. NaÁfricado Sul, em 2010, a média foi de US$ 5,2 mil (R$ 12,1 mil). Na Alemanha, em 2006, US$ 3,4 mil (R$ 7,9 mil). Já no Japão, em 2002, chegou aUS$ 5 mil (R$ 11,6 mil).

Em termos absolutos, o gasto total com os estádios bate todos os recordes. Se todo o gasto de sul-africanos em 2010 e alemães em 2006 for adicionado, não se chega ao total que foi pago no Brasil para 2014, mais de R$ 8 bilhões. Em apenas nove meses, o valor aumentou em quase R$ 1 bilhão, segundo dados oficiais do Comitê Organizador Local (COL), em sua quinta edição do balanço geral do andamento das obras da Matriz de Responsabilidade.

Voltando…

Estrangeiros se surpreendem com o custo dos estádios brasileiros porque não vivem aqui. Se aqui vivessem saberiam que toda obra pública brasileira é dirigida e superfaturada, havendo um cartel de empreiteiras em todos os níveis. O objetivo primário de uma obra pública é servir de propinoduto para políticos. O abstrato interesse público é secundário. No caso da Copa, é nenhum, pois não há interesse social envolvidos. Estamos socializando para todo o povo os custos de um evento privado para benefício e lucro de um entidade estrangeira. Uma completa vergonha.

Mas o pior é ver que todo esse arranjo estatal, no final das contas, será acusado de ser capitalista. Capitalismo passou longe disso, com muitas verbas públicas, desapropriações e desrespeito ao direito de propriedade privada dos pobres que, obviamente, vão ver a Copa que eles também bancaram somente na telinha.

*DIRETOR DO INSTITUTO LIBERAL

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Pereira Rodrigo Ramiro

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