A regra é clara: não se pode gastar mais do que se arrecada
A regra é clara: não se pode gastar mais do que se arrecada. Serve tanto para países como para empresas e pessoas. Para nações, tal descumprimento gera déficit público e a destruidora inflação. Para empresas, muito provavelmente, a escassez de capital de giro e a consequente ruptura da organização. Já para os indivíduos, como eles próprios sentem na pele, causa a ruína – individual e, por vezes, familiar.
Sob o ponto de vista governamental, a pergunta que se impõe é trivial: de onde vem o dinheiro que o governo gasta? Como, logicamente, o governo não cria riqueza, a resposta é simples: vem de cada real tributado dos contribuintes. De forma similar ao que acontece, pragmaticamente, com empresas e indivíduos que gastam “além da conta” e, portanto, necessitam se endividar, o governo ou emite mais moeda ou pede emprestado por meio de títulos governamentais. O corolário é o aumento da taxa de juros.
Em tempos de governos colorados, como vivenciamos no Brasil atual, há outra regra clara seguida à risca por governos ditos “progressistas”: o foco é tributar, tributar e tributar. Preocupação zero com a redução de despesas. Aliás, essa é outra regra clara, a fim de continuar angariando votos do povaréu.
No entanto, uma sadia regra clara, e comprovada, é aquela que preceitua que impostos baixos encaminham maior atividade econômica e, desse modo, crescimento; mas, se a regra de gastos versus arrecadação é básica e clara, com respostas, como alguns diriam, de “senso comum”, por que o governo rubro não as cumpre consistentemente?
Primeiro, devo pontuar sobre o senso comum, nem tão comum assim: pesquisadores da Penn University descobriram que “a ideia de senso comum de cada pessoa pode ser exclusivamente sua, tornando o conceito menos comum do que se poderia esperar”. Segundo, governos populistas não arcam com as consequências de suas inconsequentes políticas públicas. Terceiro, esses governos não dão bulhufas para a redução de gastos, de acordo com os fartos fatos e dados disponíveis. Quarto, de fato, tais governos não estão nem um pouco preocupados em reduzir a inflação e em alcançar crescimento econômico. Na verdade, grande parte dessa turma encarnada está mesmo preconizando, por mais incrível que possa parecer, o decrescimento! Surreal.
Fato incontestável, até mesmo para lunáticos, é que dinheiro não nasce em árvores. Para alguns, nem tanto irrefutável. O governo vermelho “do amor” atingiu um déficit de R$ 230,5 bi em 2023, o pior desde 2020.
Não há problema, camarada!
A saída é sempre a mesma. A solução, utilizando uma regra clara empregada por esse tipo de desgoverno, é singela: o povaréu paga a conta, estúpido!