Ron DeSantis, a Disney e a liberdade
A mais bem-sucedida iniciativa em direção à privacidade, ou seja, a uma cidade privada, autogovernada por leis próprias, negociadas e estabelecidas sob as leis estaduais e federais, onde todo o financiamento das atividades inerentes a um governo local era voluntário, acaba de ser desintegrada por decreto.
Não foi um esquerdista radical que resolveu estatizar a gestão privada; foi um conservador insatisfeito com a opinião daqueles que administravam o que Walt Disney havia um dia imaginado. Ron DeSantis, governador da Flórida, se declarou em uma cruzada contra o que ele chama de “corporate kingdoms” – reinos corporativos, que nada mais são do que indivíduos engajados em atividades empresariais que visam ao autogoverno no exercício e no mútuo respeito de seus direitos individuais inalienáveis.
Capitalismo laissez-faire significa a absoluta separação entre governo e economia. Fascismo, um sistema socialista de governo, significa a iniciativa privada submetida à coerção estatal aplicada na regulação e tributação da atividade produtiva.
A Disney operava no Estado da Flórida como se fosse um condado particular graças a milhares de acordos estabelecidos para tal quando a corporação e o governo do Estado da Flórida concordaram em transformar um imenso pântano em um dos mais bem-sucedidos negócios do mundo.
Ron DeSantis é a favor da liberdade? Era a imagem que se tinha. Agora se percebe que, para ele, liberdade não é um direito individual absoluto, mas uma concessão temporária oferecida pelo governante, se e quando o súdito fizer o que o governante decide.
O que não me surpreende é o apoio incondicional de ditos conservadores a esse decreto somando-se aos socialistas comunistas que consideram o capitalismo malvadão.