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Vigésimo sétimo mês encerra temporada do Núcleo de Formação Liberal com Eugênio Gudin

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Instituto Liberal, o Instituto Libercracia, o Instituto Liberal do Nordeste e o Instituto de Formação de Líderes-Goiânia, em parceria, utilizando as ferramentas que as redes sociais nos proporcionam, organizam reuniões virtuais, integralmente abertas ao público, para debater textos dos mais importantes autores nacionais e internacionais dentro do espectro liberal. O nome do projeto é “Núcleo de Formação Liberal” (NFL).

A intenção do projeto é que os debates e reflexões se concentrem o mais exclusivamente possível na obra dos autores, para qualificar a formação do pensamento de nossos ativistas e lideranças nos diversos setores da sociedade.  Todas as reuniões são baseadas em trechos ou capítulos de obras, previamente divulgados. Um ou dois relatores se encarregam de fazer uma explanação a respeito dos trechos selecionados, seguida de um debate com apontamentos dos representantes dos institutos responsáveis pela iniciativa e a participação do público.

Depois de Friedrich Hayek, Joaquim Nabuco, Edmund Burke, Roberto Campos, Ludwig von Mises, José Guilherme Merquior e Thomas Sowell (ao longo de 2020), além de um encontro de revisão em janeiro, estudamos em 2021 Ayn Rand, Antonio Paim, Murray Rothbard, Ubiratan Borges de Macedo, José Ortega y Gasset, José Osvaldo de Meira Penna, John Stuart Mill, Tavares Bastos, Milton Friedman e Rui Barbosa. Em 2022, foram abordados John Locke, Visconde do Uruguai, Adam Smith, Frei Caneca, Alexis de Tocqueville, Miguel Reale, Henry David Thoreau, a presença do liberalismo na Independência do Brasil e Hans-Hermann Hoppe. Em novembro, encerrando a temporada de 2022, estudamos a vida e obra do economista brasileiro Eugênio Gudin (1886-1986).

24/11 – Eugênio Gudin: Inventário de Flores e Espinhos (Márcio Scalerci); Pensadores brasileiros: Eugênio Gudin (1886-1986) (Ricardo Vélez Rodríguez); Princípios de Economia Monetária (Eugênio Gudin) – 19h 

O encontro único reuniu Lucas Berlanza (Instituto Liberal) e o historiador Otavio Piaskowski, que se encarregaram de dividir a relatoria, além de Josesito Padilha (Instituto Liberal do Nordeste). Procurou-se, no conjunto das explanações, esmiuçar a biografia e o pensamento econômico e político de Eugênio Gudin, primeiramente, para depois estudar de forma específica sua aproximação às teses da Escola Austríaca de Economia sob o ângulo da teoria da origem da moeda.

Apresentou-se Gudin como o mais icônico apoiador do liberalismo econômica na metade do século XX brasileiro, exercendo grande influência sobre a geração posterior de economistas brasileiros, entre eles Roberto Campos. Mencionou-se sua gestão como ministro da Fazenda no governo Café Filho e sua presença na Sociedade Mont Pélerin e na Conferência de Bretton Woods, bem como seu histórico debate contra o desenvolvimentismo industrialista de Roberto Simonsen durante a ditadura Vargas.

No campo econômico, apontou-se o autodidatismo de Gudin, seu pioneirismo na criação do curso de Economia no Brasil e sua admiração pela economia de mercado florescente no século XIX no pós-Revolução Industrial (o que ele chamava de “capitalismo naturalista”). Ressalvou-se o caráter sincrético de sua teoria econômica liberal, que mesclava ideias austríacas com ideias keynesianas e de outras escolas econômicas, com particular admiração pelo economista sueco Knut Wicksell e pelo sociólogo alemão Werner Sombart.

Apontou-se ainda sua crítica aos excessos intervencionistas dos governos após a Primeira Guerra Mundial, apesar de reconhecer ao Estado um papel, por exemplo, no estabelecimento de legislações trabalhistas e no fomento a indústrias que não fossem deficientes – o que, no caso brasileiro, significava aproveitar o excedente gerado pela atividade agrícola. Estudou-se detalhadamente a semelhança com as teses austríacas no entendimento da moeda como um instrumento destinado a facilitar as trocas econômicas, sem, porém, ter o poder de, em si mesmo, “criar riqueza”, entendimento desprezado pelas políticas inflacionárias. Aventaram-se também as citações que fez, por exemplo, a Ludwig von Mises em sua obra, inclusive antes da própria publicação do clássico mais robusto do economista austríaco, Ação Humana.

Politicamente, abordou-se – e discutiu-se, na fase interativa – a identificação de Gudin com os liberais da UDN, mas também seu ceticismo em relação à democracia no Brasil, fazendo com que ele apoiasse diversas intervenções militares do período republicano e apoiasse até o AI-5 da ditadura militar no fim da década de 60.

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