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Milton Friedman é tema de décimo sexto mês do Núcleo de Formação Liberal

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Instituto Liberal, o Instituto Libercracia, o Grupo de Estudos Dragão do Mar e o Instituto Liberal do Nordeste, em parceria, utilizando as ferramentas que as redes sociais nos proporcionam, organizam reuniões virtuais, integralmente abertas ao público, para debater textos dos mais importantes autores nacionais e internacionais dentro do espectro liberal. O nome do projeto é “Núcleo de Formação Liberal” (NFL).

A intenção do projeto é que os debates e reflexões se concentrem o mais exclusivamente possível na obra dos autores, para qualificar a formação do pensamento de nossos ativistas e lideranças nos diversos setores da sociedade.  Todas as reuniões são baseadas em trechos ou capítulos de obras, previamente divulgados. Um relator se encarrega de fazer uma explanação a respeito dos trechos selecionados, seguida de um debate com apontamentos dos representantes dos institutos responsáveis pela iniciativa e a participação do público.

Depois de Friedrich Hayek, Joaquim Nabuco, Edmund Burke, Roberto Campos, Ludwig von Mises, José Guilherme Merquior e Thomas Sowell (ao longo de 2020), além de um encontro de revisão em janeiro, estudamos em 2021 Ayn Rand, Antonio Paim, Murray Rothbard, Ubiratan Borges de Macedo, José Ortega y Gasset, José Osvaldo de Meira Penna, John Stuart Mill e Tavares Bastos. O mês de outubro foi dedicado a estudar a vida e obra do grande ícone da Escola de Chicago, o economista Milton Friedman (1912-2006).

14/10 – 19h – Capitalismo e Liberdade – Introdução e Capítulos 1 a 6

O primeiro encontro reuniu Lucas Berlanza (Instituto Liberal), Tiago Muniz (Dragão do Mar) e Josesito Padilha (Instituto Liberal do Nordeste). O relator foi o próprio Josesito Padilha, encarregado de desdobrar, em dois encontros, a obra mais famosa de Milton Friedman, Capitalismo e Liberdade, que traz uma apresentação abrangente de seu pensamento político e econômico.

O relator mostrou que Friedman se propôs a apresentar as vantagens do capitalismo como promotor da liberdade e da prosperidade, superando todas as alternativas aventadas pelo socialismo. Contudo, ao contrário de muitos outros autores liberais e libertários do século XX, ele tinha uma postura bastante pragmática: contrastava os princípios com realidades sociais e históricas – a seu ver, em constante mutação.

Ressaltou-se sua adesão ao liberalismo clássico, enaltecendo os liberais do século XIX em detrimento dos chamados “liberals” americanos do século XX. A concepção de governo de Friedman, que ressalta suas finalidades liberais básicas, mas admite que as funções do aparato estatal podem mudar conforme as circunstâncias, foi apontada como fator de distinção entre seu pensamento e o de outros autores defensores da economia de mercado, especialmente Ayn Rand, Mises e os libertários mais radicais.

Discutiu-se, na fase interativa, a visão de Friedman acerca da noção de “pátria”, sua defesa do princípio de subsidiariedade, sua simpatia pela expressão “laissez-faire” – ao contrário de seu amigo austríaco Hayek -, sua tese central de que a liberdade econômica é indispensável (embora não suficiente) para a liberdade política, sua referência à importância da família como um ente coletivo que tem peso na vida social, sua defesa do governo como fornecedor da estrutura monetária, sua concepção acerca da impossibilidade de retorno ao padrão-ouro e sua proposta de adoção do voucher na educação.

21/10 – 19h – Capitalismo e Liberdade – Capítulos 7 a 13

O segundo encontro reuniu Lucas Berlanza (Instituto Liberal), Tiago Muniz (Dragão do Mar), Alessandra Batalha (Instituto Libercracia) e Josesito Padilha (Instituto Liberal do Nordeste). O relator foi o próprio Josesito Padilha, abordando a segunda metade da obra mais famosa de Milton Friedman, Capitalismo e Liberdade, concluindo a sequência iniciada com o encontro anterior.

Entre os temas abordados, destacaram-se a oposição de Friedman a leis anti-discriminação, alegando que leis não extirpam valores e os mesmos argumentos que as justificam podem ser empregados para justificar leis pró-segregação; a aceitação por parte de Friedman de leis antitrustes e sua crítica à noção de “responsabilidade social” do capital. Também foi dado grande destaque a suas investidas contra leis de licenciamento profissional, um tema de que se ocupou bastante em seu trabalho.

Mencionou-se a noção de Friedman de que o capitalismo convive com a desigualdade, mas diminui sua extensão e significado ao facultar a mobilidade social, tanto maior quanto mais livre é a economia. Discutiu-se também um dos grandes diferenciais de Friedman em relação a autores mais radicais na militância pela retração do Estado: a defesa aberta da necessidade de auxílio estatal aos mais pobres, propondo-se em sua obra a adoção do imposto de renda negativo.

Na fase interativa, Alessandra Batalha provocou uma discussão sobre a postura de liberais como Friedman diante de problemas surgidos na atual fase da revolução tecnológica, como o poder das big techs.

28/10 – 19h – The Essential Milton Friedman

O terceiro encontro reuniu Lucas Berlanza (Instituto Liberal) e o relator convidado, o professor Ronald Hillbrecht, que baseou sua exposição na obra sintética The Essential Milton Friedman, publicada por Steven E. Landsburgh no Fraser Institute. Bruno Eduardo (Instituto Liberal do Nordeste) esteve presente na abertura, mas logo a conexão com a Internet o impediu de permanecer na transmissão.

A explanação do professor Ronald se concentrou nos primeiros capítulos desta síntese teórica das principais inovações de Friedman como economista, destacando sua postura aberta ao diálogo com diversos contributos teóricos, com notável disposição para o debate, e seu impacto no campo da Economia, influenciando as mais diversas políticas econômicas adotadas nas últimas décadas.

Conceitos como “metas de inflação”, por exemplo, que estão incluídos no debate público mais corriqueiro sobre políticas econômicas, derivam, em grande medida, do pensamento de Friedman. A visão de Friedman sobre a causa monetária da inflação e a aplicação de suas teses às crises econômicas, como a Grande Depressão da década de 20 do século passado, foram focos da explanação e da discussão.

Na fase interativa, abordou-se uma comparação entre a recepção da obra de Friedman entre seus pares e a de outros economistas icônicos, em especial John Maynard Keynes e Friedrich Hayek, e a representatividade de suas abordagens na explicação do fenômeno inflacionário.

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