Ecologia Liberal: uma poderosa doutrina para a gestão ambiental no Brasil
O que moldou a gestão ambiental no Brasil? Para responder esta pergunta o biólogo Dr. Marcos Araújo empreendeu uma profunda jornada investigativa sobre os últimos 240 anos da história da gestão ambiental no mundo e no Brasil. Ele mapeou as teorias científicas, conceitos, ideias, doutrinas filosóficas, personagens e atores sociais que a influenciaram.
Estes 240 anos de história produziram resultados impressionantes: apesar de sermos um dos maiores produtores de alimentos do mundo, nossa área antropizada é de apenas 35,8% da superfície do país. Cerca de 58,5% do nosso território ainda é coberto por florestas. A título de comparação, os Estados Unidos dedicam 74,3% de sua área para as atividades agropecuárias enquanto, o Brasil dedica apenas 30,2%. Temos um dos maiores sistemas de áreas protegidas do mundo e uma legislação ambiental bastante robusta.
Por outro lado, constatou-se que nossa gestão ambiental é cientificista, influenciada pela retórica apocalíptica, pela mentalidade anticapitalista e pela doutrina do socialismo marxista. Os cientistas envolvidos com o tema, geralmente, adotam uma posição “defensores de causa”, posição em que emitem opiniões como se fossem verdades científicas. Além disso, ela é baseada no ultrapassado paradigma do equilíbrio ecológico.
A doutrina da ecologia liberal, proposta neste livro, é composta por um conjunto de preceitos que devem ser postos em prática para implementarmos uma gestão ambiental democrática, eficiente, eficaz e efetiva. Ela discute novos conceitos e ideias pouco difundidas no Brasil tais como, sistemas adaptativos complexos, sistemas socioecológicos e problemas ambientais perversos. Com isso, busca contribuir para superar o predomínio das abordagens maniqueístas vigentes no Brasil tais como, o “bem contra o mal”, os empreendedores eco vilões contra as populações tradicionais.
A obra é composta por 3 partes e quatorze capítulos. O prefácio é de Lucas Berlanza do Instituto Liberal. A primeira parte visa divulgar a doutrina liberal para os profissionais ligados a gestão ambiental. É composta por dois capítulos. O primeiro apresenta uma introdução ao liberalismo e o segundo a evolução histórica do liberalismo e do pensamento autoritário no Brasil.
A segunda parte busca levantar os diversos subsídios que permitem compreender a evolução da gestão ambiental brasileira. São mapeadas as diversas influências internacionais. É composta por seis capítulos. No capítulo 3 é discutido o ultrapassado paradigma do equilíbrio ecológico que embasa nossa gestão ambiental. No 4 são mapeadas os diversos eventos e organizações internacionais que tanto nos tem influenciado. Os capítulos 5 e 6 são dedicados aos Estados Unidos e tratam da evolução da ciência ecológica e da gestão ambiental naquele país. O capítulo 7 aborda o paradigma do não equilíbrio que deve, no futuro, embasar a nossa gestão ambiental. A obra de Crawford Holling (1930-2019), importante ecólogo que desenvolveu a teoria da resiliência, é abordada no capítulo 8.
A parte três aborda o passado, o presente e o futuro da gestão ambiental no Brasil. O capítulo 9 aborda a evolução da gestão ambiental entre 1780 e 2022, ano de comemoração do bicentenário da independência. O capítulo 10, por sua vez, aborda a mentalidade anticapitalista e a retórica apocalíptica tão presente em nossa gestão ambiental. O 11 é dedicado a analisar a história da ocupação Amazônia, tema de extrema importância neste século XXI. O 12 analisa o baixo desempenho gerencial dos órgãos ambientais brasileiros e os possíveis caminhos para superá-lo. O 13 analisa o papel dos cientistas na formulação de políticas ambientais públicas. Por fim, o capítulo 14 aborda a doutrina da Ecologia Liberal e seus princípios e preceitos para se implementar uma gestão ambiental democrática, eficiente, eficaz e efetiva no Brasil.
Clique aqui para adquirir o livro.