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Instituto Liberal e Rede Liberdade realizam a I Conferência Internacional da Liberdade

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O Instituto Liberal realizou nesta sexta-feira (3), junto com a Rede Liberdade e em parceria com a Money Report, a Gazeta do Povo, a Brasil Paralelo e a Revista Oeste, a I Conferência Internacional da Liberdade. O evento reuniu lideranças nacionais e internacionais de diversos setores, desde intelectuais a ex-chefes de Estado, no WTC Hotel, em São Paulo.

Ao longo dos painéis, os conferencistas dividiram com o público suas reflexões sobre temas tão importantes quanto atuais para a América Latina, como os desafios que a agenda liberal encontra na região, os riscos à liberdade provenientes do Poder Judiciário, a liberdade de expressão e as vantagens da economia de mercado para a sociedade.

Confira o evento na íntegra e um breve relatório dos painéis:

Abertura

O discurso de abertura foi realizado pelo presidente do Conselho do Instituto Liberal, Salim Mattar. Ele ressaltou os entraves provocados pelas regulações estatizantes e o fato de que, “graças à ambição das empresas, a ambição pelo lucro, vivemos hoje confortos nunca antes pensados pelo homem”. O empresário enumerou alguns dos princípios defendidos pelo liberalismo e enfatizou que “nações com mais liberdade possuem mais capitalismo e mais qualidade de vida. Nós precisamos de mais capitalismo.”

Desafios da liberdade na América Latina

O primeiro painel reuniu os ex-presidentes da Argentina, Maurício Macri, e Michel Temer, do Brasil. Os dois foram convidados a comentar medidas adotadas em seus governos que consideram ter favorecido as liberdades individuais e econômicas e a tecer considerações sobre os riscos proporcionados pelos governos intervencionistas. Macri abordou os impactos das inovações tecnológicas na difusão de informação, considerando a velocidade e a fragmentação desafios com que as democracias atuais precisam lidar. Também dissertou sobre o populismo e a emergência de autocratas e lideranças autoritárias. Já Temer discursou contra o pessimismo, enalteceu a liberdade de imprensa e informação, o Teto de Gastos e a responsabilidade fiscal.

O Judiciário e os riscos para a liberdade

As adversidades para a liberdade provenientes do ativismo judicial e da insegurança jurídica foram temas do segundo painel. Reuniram-se o jurista Modesto Carvalhosa, a procuradora da República Thaméa Danelon e a juíza Ludmila Lins Grilo. Carvalhosa salientou que não generaliza suas críticas ao Judiciário, mas que a população brasileira está acertadamente descontente com o Supremo Tribunal Federal (STF), graças a suas posturas autoritárias, como a instauração do chamado “inquérito das fake news“. A procuradora Thaméa abordou o caso do deputado Daniel Silveira, alegando que, na condição de parlamentar, ele poderia sofrer sanções dentro do próprio Parlamento, mas nunca ser processado civil ou penalmente. Já a juíza Ludmila Lins Grilo analisou o papel do juiz, que não deveria assumir para si as funções dos legisladores: “existe eleição para Legislativo e Executivo”, enfatizou.

Liberdade de expressão 

O terceiro painel discutiu as ameaças à liberdade de expressão no Brasil, reunindo o presidente do Instituto Mises Brasil, Helio Beltrão, o jornalista Leandro Narloch e o cientista político Fernando Schüller. O tema do autoritarismo judiciário inevitavelmente retornou neste painel já nas considerações de Beltrão, que novamente questionou a ideia de que os ministros do STF podem determinar o que é verdadeiro e o que é falso. Já Narloch argumentou que “a esquerda identitária constrói hoje, tijolo por tijolo, argumentos contra a liberdade de expressão”. Schüller, por fim, pontuou o constrangimento que sente por um valor tão basilar ter voltado a ser uma pauta que precisa ser discutida, dados os questionamentos que vem sofrendo atualmente.

Liberdades individuais em risco

O cientista político Tom Palmer, ligado ao Cato Institute e à Atlas Network, proferiu uma palestra sobre a liberdade, traçando uma abordagem filosófica acerca de como esse valor atende às principais aspirações humanas e criticando os perigos do coletivismo. Ele citou o liberal monarquista Joaquim Nabuco como um dos grandes heróis nacionais brasileiros e contestou a confusão entre individualismo e egoísmo rasteiro, bem como a ideia de que a liberdade, tal como entendida na tradição liberal, significaria a liberação de todos os princípios de restrição ou moralidade.

Perspectivas da liberdade na América Latina

Este painel reuniu os cientistas políticos Axel Kaiser e Glória Alvarez, o empresário Roberto Rachewsky e a professora Marize Schons na condição de mediadora. A proposta foi abordar o antiliberalismo, apreciando os perigos representados pela esquerda tradicional, por uma direita não-liberal e pela esquerda identitária (ou “agenda woke“). Rachewsky afirmou que os liberais estão apenas começando o combate às ideias coletivistas e estatistas. Glória Alvarez salientou o peso dessa mentalidade coletivista na América Latina e criticou duramente a idolatria, mesmo na direita, de “homens fortes” que teriam o condão de salvar a humanidade do mal. Kaiser apontou para a longevidade das teorias utópicas e analisou a retórica dos líderes populistas.

O capitalismo não é o problema, é a solução

O historiador alemão Rainer Zitelmann autografou seu livro O capitalismo não é o problema, é a solução, lançado no Brasil em parceria entre o Instituto Liberal e a editora Almedina, e palestrou sobre suas pesquisas acerca da atitude que diversas populações do globo têm demonstrado a respeito do capitalismo. Ele encerrou sintetizando a mensagem de seu livro e mostrando dados para alicerçar sua conclusão de que a economia de mercado é o caminho da prosperidade e do desenvolvimento.

Encerramento

O presidente da Diretoria Executiva do Instituto Liberal, Lucas Berlanza, encerrou o evento. Ele fez os últimos agradecimentos, discursou sobre o conceito de “liberdade” tal como entendido pelos liberais e a história do Instituto Liberal. Berlanza apelou ainda para que os institutos liberais se mantenham em defesa consistente de seus princípios e que multipliquem as esferas em que a mensagem liberal é divulgada.

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